Opinião: do OOH para o OOOOOOOH

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Opinião: do OOH para o OOOOOOOH

Nosso desafio atual é desenvolver a mídia out-of-home para torná-la surpreendente, incorporando outros setores para o seu crescimento e conectando o público que circula nas ruas


5 de junho de 2015 - 12h01

 Por Otto Frossard *

Enquanto aproveito o meu voo de retorno do OAAA\TAB National Convention + Expo 2015, em San Diego (EUA), para escrever esse artigo, estou com meu laptop aberto conectado em uma rede Wi-Fi, sentado em uma poltrona a sei lá quantos mil metros do chão. Creio que essa informação não deve te causar impacto e muito menos surpresa. Agora peço para você refletir um pouco sobre essa situação. Isso é normal? Um ser humano voar e ainda estar conectado à internet? Não, não pode ser. No entanto, a evolução chegou rapidamente e decolou no setor de transportes e tecnologia. Nossa mente já se acostumou com esse fator nada normal.

Agora, como pode uma “simples” interação de um celular com um mobiliário urbano gerar tamanha excitação nas pessoas. Não estou desmerecendo a interatividade do mobile com o out-of-home, pelo contrário, minha intenção nessa comparação é mostrar como o caminho é vasto para progredir quando temos um pensamento inovador. O que o futuro nos aponta é que precisamos fazer, tentar e errar mais, assim iremos avançar. Hoje, talvez pensemos muito e fazemos de menos. Tem uma frase do economista de Harvard, Theodore Levitt, que diz: “Pensar é a arte da criatividade, fazer é a arte da inovação”.

Nosso desafio atual é desenvolver a mídia OOH para torná-la OOOOOOOH. Esse OOOOOOOH tanto no sentido de agregar e incorporar outros setores para o seu crescimento, fazer o bolo crescer, seja mobile, métricas, prestação de serviços, etc., mas também no sentido sonoro de causar a sensação do óóóóóóó na vida das pessoas, se conectando com o público que circula nas ruas. Surpreender.

É necessário sermos precisos para sermos mais relevantes. Mensagem no momento adequado e para a pessoa certa. Os três I’s da Inovação do out-of-home têm que estar presente em nosso dia a dia, não tem jeito: Inteligência, Infraestrutura e Interatividade. Inteligência com os dados e pesquisas; Infraestrutura para suprir o mundo digital no qual estamos inseridos; Interatividade para fechar essa cadeia da experiência completa, como um elo. Não é por acaso que marcas nascidas no ambiente digital, como o Google, estão percebendo a importância da mídia exterior em suas estratégias. Durante o evento, um dos maiores do mundo sobre OOH, ficou claro que essa mídia é uma nova fronteira da comunicação a explorar. E para chegar lá, há que se explorar todo o potencial do out-of-home pensado pela perspectiva do digital. Esse é o nosso futuro.

Com a mídia programática, personalizada, automatizada, real time e dados concretos, e ao seu lado, e também em benefício do consumidor final, o conteúdo único, mídia de qualidade, momentos de compartilhamento, muito além de um anúncio estático. Precisamos avançar em várias frentes, explorar as execuções criativas e prover novas interações através da tecnologia, a partir de um pensamento focado nas pessoas que resultem em maior envolvimento com causas importantes para a sociedade.

A Universidade de Tecnologia e Engenharia (UTEC), de Lima (Peru), desenvolveu o primeiro outdoor do mundo que gera água potável, capital que passa por recorrente escassez de chuva. O outdoor absorve as partículas de água presentes na atmosfera, em seguida filtra e a torna própria para o consumo, distribuindo através de uma torneira instalada na base que sustenta o painel publicitário.

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 Outro exemplo de bom proveito do espaço urbano é o ônibus Leap, que roda de uma ponta a outra de São Francisco (EUA), é encarado como um meio propício para mídia OOH, presta serviço aos passageiros e conta com aplicativo gratuito ao mostrar pontos por onde está passando. O transporte fornece internet sem fio, funcionando como um espaço onde as pessoas podem continuar simples atividades, como trocar mensagem com amigos, e até mesmo videoconferências para negociações.

 Vamos lutar para conseguir construir algo grandioso. Não vai ser fácil. Ou você acha que propiciar a possibilidade de escrever esse artigo conectado nas alturas um dia foi? Então, mãos à obra. A transformação do OOH em OOOOOOOH a nós pertence.

* Otto Frossard é diretor de estratégia da Posterscope Brasil

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