Facebook abre operação na África

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Facebook abre operação na África

Operação terá sede em Joanesburgo e será liderada pela chairman da Ogilvy & Mather na África do Sul; rede social quer desenvolver nova base de consumidores no continente


29 de junho de 2015 - 4h30

Da população de mais de 1 bilhão de pessoas que residem no continente africano, apenas 120 milhões são usuários do Facebook. Apesar de a região oferecer condições de mercado bem diferentes das encontradas em outros continentes mais desenvolvidos, a rede social está disposta a aproveitar o potencial desse cenário.

Para impulsionar seu crescimento na Africa, a rede social abrirá, no próximo mês, uma operação em um subúrbio de Joanesburgo, na África do Sul. O escritório de vendas será comandado por Nunu Ntshingila, chairman da Ogilvy & Mather na África do Sul, que irá supervisionar os negócios do Facebook na região.

Esse trabalho não deve ser tão simples. Grande parte do continente africano ainda está em um estágio pouco evoluído no que diz respeito à distribuição de conexão à internet. E, embora a conexão mobile esteja em fase de expansão, os pacotes de dados são caros e os smartphones ainda são pouco difundidos ente a população, que acaba utilizando celulares mais simples, cujos sistema não permitem o funcionamento do app do Facebook.

“Essa é uma das regiões de onde virão nossos próximos 1 bilhão de usuários. Não estar na África seria uma grande oportunidade perdida”, comentou Nicola Mendelsohn, vice-presidente do Facebook para a Europa, Oriente Médio e África.

Para conquistar justamente esses usuários que não podem arcar com os altos custos dos dados móveis ou que vivem em regiões com conexão de internet ruim, o Facebook está fazendo parceria com operadoras locais de telefonia, a fim de oferecer o que se conhece por Internet.org, um sistema de conexão que permite às pessoas navegar gratuitamente no Facebook e em dezenas de outros sites selecionados. E, também, a rede social planeja introduzir na região o Facebook Lite, uma versão mais leve e simplificada do app da rede social, que consome menos dados.  

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Para o projeto de expansão global do Facebook, a África representa um território estratégico. Na China, a rede social foi bloqueada pelo governo do páis em 2009. Na Rússia, o Facebook perde para redes locais. Por isso, a companhia trabalha para ampliar o alcance de seus anunciantes, ampliando, assim, a quantidade de usuários conectados.

Para Chris Gilmour, um analista da Absa Asset Management, de Joanesburgo, o Facebook terá de ser paciente se quiser ter sucesso na África. “Embora o potencial seja enorme, a região é bastante difícil para as empresas que vêm de fora. Mas o Facebook tem capacidade e habilidade para obter sucesso. Só irá demorar algum tempo. A África é uma perspectiva de longo prazo”, aposta o analista.

A rede social estuda oferecer alguns estímulos para os usuários da região, como anúncios que dão às pessoas o direito de realizar ligações gratuitas de seus smartphones. Parceiros da rede social na região já trabalham no desenvolvimento desses modelos.

Nunu Ntshingila irá assumir o novo escritório de Joanesburgo a partir de setembro. Ela chegou à Ogilvy & Mather em 1999 e foi CEO da agência na África do Sul por sete anos antes de se tornar chairman, em 2012. A missão de Nunu será persuadir as empresas e anunciantes a se promoverem através da rede social. Para Carolyn Everson, vice-presidente global de marketing do Facebook, será uma oportunidade incrível de construir uma nova base de consumidores no território africano.

Com informações da Bloomberg e do Advertising Age

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