As polêmicas de Donald Trump

Meio & Mensagem
30 de junho de 2015 - 8h59

Após declarações polêmicas e xenófobas feitas pelo empresário americano Donald Trump, no lançamento de sua pré-candidatura à presidência dos Estados Unidos, pelo Partido Republicano, no último dia 16, a NBC decidiu romper o contrato que possui com Trump. De acordo com comunicado, feito nesta segunda-feira 29, a rede rompeu todos os vínculos com Trump, o que inclui a transmissão dos concursos Miss Estados Unidos e Miss Universo e a participação no reality show “The Apprentice”. “A decisão foi tomada em função das afirmações depreciativas feitas por Trump a imigrantes. Na NBC, o respeito e a dignidade de todas as pessoas são pilares básicos”, disse a empresa em nota.

A decisão foi tomada após o recebimento de mais de 200 mil assinaturas de telespectadores pedindo o cancelamento da exibição dos concursos de beleza de Trump. A frase que foi alvo de polêmicas deprecia os mexicanos. Uma semana antes, a emissora latina Univision também cancelou os contratos com Trump relacionados à transmissão, no dia 12 de julho, do Miss Estados Unidos 2015. A mexicana Televisa adotou a mesma postura.

Em resposta a Univision, Trump ameaçou com processo por quebra de contrato. Sobre a NBC, o empresário disse que a emissora é débil por romper os compromissos com ele. "A NBC está tratando de ser politicamente correta, por isso que nosso País está em sérios problemas", disse Trump. Ele também ameaçou processar a rede por quebra de contrato.

Não é a primeira vez que Trump se envolve em polêmicas. Após o ataque ao jornal francês Charlie Hebdo, em janeiro, Trump escreveu um comentário polêmico sobre controle de armas e as motivações do crime. Em 16 de abril deste ano, ele fez referência ao caso extraconjugal de Bill Clinton, ex-presidente dos Estados Unidos e marido de Hillary Clinton. "Se Hillary Clinton não consegue satisfazer seu marido, como vai satisfazer a América?", disse Trump em seu Twitter. Em 2011, o empresário pediu esclarecimentos sobre a certidão de nascimento do presidente Barack Obama, alegando que ele havia nascido no Quênia.