Pirataria na TV paga cresce 8,6%

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Pirataria na TV paga cresce 8,6%

ABTA: Brasil corresponde a 60% de furto de sinal na América Latina


4 de agosto de 2015 - 5h02

A base de assinantes de TV paga cresceu 6,1%, em relação ao ano passado. Ainda que se trate de crescimento, o aumento não permite uma comemoração genuína para o mercado por causa da pirataria.

O número de domicílios com conexão clandestina cresceu 8,6% no mesmo período, segundo levantamento feito pela consultoria H2R e apresentado por Rubens Hannun durante a 23ª edição da Feira e Congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), que começou nesta terça-feira, 04 e acontecerá até quinta-feira, 06.

Atualmente, dos 24.272.160 domicílios com TV paga, 4.553.136 são clandestinos (18,8%). Em 2014, eram 4.191.999 de lares (18,4%) com sinal furtado. O Brasil lidera em pirataria de TV paga na América Latina, com 60%. Na análise do perfil dos clandestinos, homens são os que mais fazem uso indevido do sinal (16%). As pessoas com menor nível de instrução representam 20%. Ano passado, eram 14%. A maior incidência de pirataria aparece nas classes D e E.

As classes menos favorecidas, inclusive, são um público com potencial de alcance, segundo João Rezende, presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que propôs a criação de pacotes mais flexíveis, com menor volume de canais. “Atualmente, a pirataria é a terceira maior operadora do Brasil”, completou Oscar Simões, presidente da ABTA.

A clandestinidade é um dos entraves para o crescimento da TV paga no País. Manoel Rangel, presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), ressaltou que, ainda que o Brasil viva um momento de recessão, as empresas do setor não devem reduzir seus investimentos. “Há necessidade de melhorar infraestrutura, atendimento. O momento difícil vai passar e quem se preparar agora, conseguirá aproveitá-lo”, afirmou.

Os representantes reforçaram a importância de maior interação com o Congresso Nacional e de intensa fiscalização no contrabando de aparelhos. Também afirmaram ser contra a aprovação do aumento da alíquota de ICMS, estimado em 25%. “Se acontecer, haverá uma perda de cinco milhões de assinantes. Será um desastre”, afirmou o presidente da ABTA.

Luiz Azevedo, secretário-executivo do Ministério das Comunicações, afirmou que o ministério está comprometido em solucionar os problemas do setor em relação ao OTT – buscando um equilíbrio na tributação com a TV paga – e à pirataria. “Estamos dispostos a reunir os representantes, ministérios e agências para debater porque me parece um assunto bastante complexo”, disse. 

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