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Mídia

?Não há sentido em armazenar tantos dados?

Ashwini Karandikar, presidente global da Amnet, fala sobre as tendências de mídia programática para os próximos anos


1 de dezembro de 2015 - 8h30

Ashwini Karandikar é presidente global da Amnet, trading desk que possui 29 escritórios no mundo, parte da Dentsu Aegis Network. Ela afirma ser a única mulher a ocupar cargo similar entre as empresas do gênero. Indiana de nascimento, reside no Texas há 20 anos, onde adquiriu MBA em marketing, um complemento à graduação em ciência da computação. “Eu preciso interagir com as pessoas, não conseguiria ficar fechada em uma sala o dia todo. Esse é um fato que me ajuda no que faço”. Em 2011, Ashwini fundou a Amnet nos EUA e no Reino Unido, simultaneamente, com o intuito de oferecer mais eficiência na compra de mídia digital por meio de real time bidding (RTB) e demand side platforms (DSP). Apesar da Dentsu, trabalha de forma independente para todas as agências. Em passagem pelo Brasil, onde a Amnet possui escritório há um ano, Ashwini conversou com Meio & Mensagem sobre as tendências de mídia programática para os próximos anos.

Televisão
Todo o processo de compra de mídia na TV leva tempo. Por enquanto, é possível comprar com base na audiência e um dos nossos focos é conectar vídeo online à televisão. A maior parte do inventário da TV é fixo, limitado. E o valor da programática é trazer eficiência, portanto a evolução se dará pela automação dos processos. Posso agendar minha mídia por três meses, e não por um ano, e cancelar caso não funcione? Quando isso acontecer, eu e meu vizinho veremos anúncios diferentes assistindo ao mesmo programa. E há a questão da privacidade, que é muito complexa. A televisão é um device muito pessoal. As smart TVs desempenharão um papel muito importante nisso. Mas vai levar muito tempo para que a programática se concretize na TV. Há muito a ser resolvido ainda, temos que estudar isso com calma porque vai afetar a vida das pessoas de uma forma muito profunda.

Ad blockers
Na minha opinião, a publicidade apoia o sistema de internet livre. Se a ESPN pode vender anúncios, eu também posso, enquanto usuária, acessar o conteúdo deles sem custo. Então, é importante que haja publicidade limpa, que impulsione a receita dos publishers. Porém, o atual processo de veiculação de banners é ridículo, está matando o propósito do nosso trabalho. Nosso papel é minimizar males como fraude e robôs.

Menos dados
Há tanto dado sendo coletado e não se sabe o que fazer com isso. É preciso analisar esses dados para reduzir a quantidade de armazenamento. Por que as marcas devem guardar dados de cinco anos atrás? De milhares de consumidores? É desperdício de espaço e não tem sentido. As marcas começam a entender melhor seus ativos digitais e como usá-los. Em vez de cortar constantemente as taxas, teremos que negociar o valor apropriado. Se eu for triplicar a receita da sua marca, vou querer ser paga de acordo. Há confusão em torno dos canais, os anunciantes vão trabalhar com agências que consigam esclarecer isso. Pois hoje o consumidor controla a marca e pode decidir “desligá-la” em seu dispositivo a qualquer momento. As marcas têm as seguintes missões daqui para frente: entender o dado, saber analisá-lo e estarem dispostas a pagar por ele. Os melhores anunciantes hoje entendem isso e trabalham com parceiros que pensam da mesma forma. 

A íntegra dessa entrevista está publicada na edição 1688, de 30 de novembro, do Meio & Mensagem, disponível exclusivamente para assinantes nas versões impressa e para tablets Android e iOS.

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