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Click to Play e Autoplay: o novo controle remoto

Opinião: com números impressionantes, vídeo online no Brasil passa agora pelo processo de depuração, rumo à qualidade


23 de março de 2016 - 11h30

Por Paulo Leal*

No início dos anos 1990, participei da chegada da MTV no Brasil, que representou um marco por ser a primeira TV segmentada do país. Esse caminho foi consolidado logo em seguida pela TV paga, permitindo a criação de uma ampla gama de canais para públicos específicos.

Passados 25 anos, estamos no início de uma nova onda de segmentação televisiva. Mais do que isso: desta vez, a busca por nichos se dá de forma totalmente diferente, numa escala muito maior e fruto de um processo digital sofisticado.

Estou falando do vídeo online on demand e sua distribuição cruzada em múltiplas plataformas, como smartTV, computador e celulares. Isso significa que caíram as fronteiras entre a TV e a Internet, o que vem abrir novos horizontes para a publicidade.

Hoje é relativamente comum o fluxo de um mesmo conteúdo por diferentes meios tecnológicos. Mas, quando as casas inteligentes forem acessíveis, a tendência é a TV passar da condição de aparelho eletroeletrônico a quase um eletrodoméstico, um auxiliar para uma série de funções, como ativar o funcionamento de diferentes aparelhos.    
 
Se as residências automatizadas ainda não são uma realidade no Brasil, o mesmo não se pode dizer do hábito de assistir a vídeos online e do avanço da internet móvel. Na era da sociedade conectada, em que todos estão plugados o tempo todo e de qualquer lugar – seja via smartphones, tablets, notebooks ou smartTVs  -, ver vídeos online se tornou algo corriqueiro.

Só para dar uma ideia, o Brasil é o sexto maior consumidor desse formato, à frente de Reino Unido, França e Alemanha, segundo dados recentes da comScore.  Além disso, assistimos a três horas a mais de vídeo na internet que os usuários de outras regiões da América Latina. É bastante? Sim, mas a tendência é aumentar, pois a digitalização da população brasileira avança a passos largos, especialmente em razão da mobilidade.

O potencial para a publicidade nesse ambiente é muito grande, mas requer um olhar mais aberto ao novo ecossistema de produção, consumo e distribuição de vídeos. Se a primeira fase do vídeo online se deu com a web 2.0 e o conteúdo amador, simbolizado pelo YouTube, hoje a tendência é a expansão da produção profissional de vídeo. Cada vez mais jornalistas e videomakers criam conteúdos que vão de notícias factuais a videorreportagens, entretenimento, games e música.

A chave para potencializar os resultados publicitários é integrar essa produção de qualidade e diversificada a portais e sites. Visto de outra maneira, é levar para a Internet a cultura de programação e de jornalismo de alto nível da TV.

Para agências e anunciantes, trata-se de vencer a fragmentação da mídia digital e chegar da forma adequada onde a sua audiência está, seja por meio de pre-rolls, anúncios dentro do vídeo ou branded content, por exemplo.

O momento para esse novo salto não poderia ser mais apropriado. Além da maior quantidade de vídeos profissionais independentes no mercado, dentro e fora do Brasil, o acesso à banda larga vem aumentando e o preço das smart TVs cai no país à medida que o produto se populariza. Isso sem falar que a participação do smartphone no conjunto da população cresce sem parar.

O Brasil tem cerca de cem players de vídeo no mercado que têm mais de 10 bilhões de views por mês. Agora, naturalmente se inicia uma depuração da qualidade desses vídeos e das empresas, garantindo assim produções mais premium e com 100% de brand safe para marcas líderes no Brasil.

A assertividade dos KPIs das campanhas, aliada a qualidade dos conteúdos em vídeo, proporciona um ambiente favorável muito além do trivial índice de audiência a que nos acostumamos por conta da televisão. O telespectador mudou, assim como seu hábito, inaugurando uma nova forma de se comunicar, interagir e engajar o consumidor nesta nova mídia.

O desafio de todos nós – agências, anunciantes, produtores, veículos e plataformas de vídeos – é estar aberto ao novo e aproveitar. Em outras palavras, click to play e deixa rolar.           
 
*Paulo Leal é country manager da Zoomin.TV no Brasil

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