Brasil que vende pouco

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Opinião

Brasil que vende pouco

As estimativas pouco entusiastas para este 2017, escancaram o que já vínhamos sentindo desde o fim de 2015: praticamente uma queda livre na confiança interna e externa, nos relacionamentos comerciais, políticos e, consequentemente, nas vendas


12 de janeiro de 2017 - 9h22

Foto: Reprodução

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Os mais recentes dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) chegam perto dos 12% no quesito desemprego, neste fim de ano. As negociações entre Ministério da Fazenda e atuais estados quebrados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, chamam atenção pelo alto nível de cortes e duras condições. E a “Marca Brasil” despenca no ranking mundial. As estimativas pouco entusiastas para este 2017, escancaram o que já vínhamos sentindo desde o fim de 2015: praticamente uma queda livre na confiança interna e externa, nos relacionamentos comerciais, políticos e, consequentemente, nas vendas, de uma maneira geral.

Venda é o pilar central de qualquer empresa, país ou pessoa. Nada, nem ninguém, se mantém de pé sem vendas, pois essa é a premissa básica do modelo econômico. Nesse ponto, infelizmente o Brasil ainda não se vende tão bem internamente comparado a como se dedica ao exterior. Vendas somos todos nós: do Presidente da República aos milhares de cidadãos brasileiros anônimos. A engenhosidade da venda está nos relacionamentos, nos contratos, entre família, entre casais, e todo tipo de núcleo em que o ser humano esteja inserido. E o Brasil, diante deste cenário desafiador, ainda apresenta enorme carência no quesito vendas, nadando num mar de pessimismo, desmotivação e descrença.

Hoje, neste exato momento, empreendimentos de todas as dimensões estão redobrando esforços para sobreviver no sentido de manter o status quo. Remando contra a corrente da retração, muitas equipes especializadas em marketing e vendas se esforçam para fazer a engrenagem da economia girar

E mesmo assim, percebe-se ainda uma quantidade de gestores e líderes com insuficiência ou baixa intensidade na dedicação de tempo para pensar efetivamente na atividade de vender. A culpa, para muitos, recai sobre os ombros de terceiros a fim de justificar os resultados pouco satisfatórios. E, na verdade, tantas vezes lhes falta um olhar mais vigilante e estratégico para compreender que a venda acontece para muito além da equipe especializada.

A campanha “O melhor do Brasil é o brasileiro”, que valorizou o povo e a cultura do nosso país dez anos atrás foi uma ação de sucesso que mostrou não só para a própria “empresa Brasil” como também para o “cliente estrangeiro” que sim, temos um dos melhores produtos do mundo e que só se encontra nesta terra – e ele pode ser qualquer coisa que esteja abençoada por essa aura brasileira. E, de lá para cá, titubeamos na primeira crise em que toda a nossa autoestima é colocada à prova. Hoje, a venda é o desafio. Amanhã, na crise e fora dela, a venda também será o desafio. E se bem lembrarmos tudo o que fizemos ontem, perceberemos que da mesma forma tivemos o desafio de vender.

No orçamento deste 2017, para sobreviver, vai haver todo tipo de corte, mas também dever haver muito investimento. Investimento em pensar vendas, agir vendas, realizar vendas. Pensamento em autovalorização, percepção da necessidade do cliente e muita prospecção. Isso porque o Brasil continua sendo um dos maiores mercados do mundo para se vender. A estratégia é uma só: pensar e repensar métodos de venda, alcance e performance. Almejar metas possíveis e superá-las passo-a-passo. Porque é com perseverança e razão que uma nação inteira se reergue.

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