O ano do vídeo online

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Opinião

O ano do vídeo online

A alta demanda impacta profundamente na forma que a indústria de comunicação está organizada atualmente, influenciando positivamente todo o ecossistema: produtores, distribuidores e plataformas


29 de março de 2017 - 11h48

Muitos dizem que 2017 será o ano do vídeo online. E, de fato, tudo aponta para isso. Não somente em volume de investimentos, mas também em tempo médio de consumo, principalmente em plataformas móveis como o celular. De acordo com a ComScore, esse dado aumentou em 21% no final do ano passado em relação ao fim do ano anterior (4,2 minutos por vídeo em dezembro de 2015 para 5 minutos em dezembro de 2016). Já o volume cresceu 27% no mesmo período.

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Foto: Reprodução

Isso representa uma oportunidade única principalmente para os produtores, pois a distribuição dos vídeos não está mais concentrada em detentores de programação, como vimos nas TVs aberta e fechada. Qualquer pessoa com uma câmera ou celular na mão passa a ser protagonista dessa indústria.

O conteúdo em vídeo pode ser considerado uma mídia líquida, que trafega em qualquer tipo de dispositivo. Junto a isso, a linguagem audiovisual está muita mais próxima de como as pessoas interagem no seu dia a dia, sem barreiras de comunicação e geográficas, inclusive num país em desenvolvimento como o Brasil, cujo nível de analfabetismo ainda é alto.

Nesse cenário, há uma adoção cada vez mais forte de vídeo online como fonte de entretenimento e informação, onde conteúdos antes não priorizados pelos meios de comunicação tradicionais ganham visibilidade. Isso já acontece em alguns eventos esportivos, como acompanhamos nos últimos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, por exemplo. Ficará ainda mais intenso na próxima Copa do Mundo, no ano que vem, na Rússia.

No ecossistema de vídeo online, conteúdos muito específicos de interesse de uma determinada audiência também ganham visibilidade, fazendo com que haja uma dispersão e ao mesmo tempo uma compartimentalização da audiência cada vez maior

Na TV é possível transmitir simultaneamente um número limitado de jogos quando comparado com a Internet, onde todas as modalidades podem ser acessadas ao mesmo tempo. No ecossistema de vídeo online, conteúdos muito específicos de interesse de uma determinada audiência também ganham visibilidade, fazendo com que haja uma dispersão e ao mesmo tempo uma compartimentalização da audiência cada vez maior. Nichos representam um grande desafio para as marcas na hora de comunicar.

Essa alta demanda por vídeo online impacta profundamente na forma que a indústria de comunicação está organizada atualmente, influenciando positivamente todo o ecossistema: produtores, distribuidores e plataformas.

Esse movimento já vem ganhando força nos últimos anos e, para 2017, o que se destacará são as estratégias para rentabilizar os vídeos. São duas alternativas principais: assinatura e publicidade. Não existe muita diferença dos modelos das TVs aberta e fechada. Netflix atua com um modelo baseado na venda de assinaturas, já o Youtube, Facebook e outras plataformas na venda de publicidade.

Por conta disso tudo, marcas, produtores e plataformas têm a chance de fazer de 2017 o ano do vídeo online.

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