A revolução dos pontos fortes

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Opinião

A revolução dos pontos fortes

Empresas são peritas nas áreas onde seus funcionários têm dificuldades e investem nas fraquezas a serem corrigidas. Será que este é o melhor pensamento para tornar o sistema mais produtivo?


11 de abril de 2017 - 10h29

Em um mercado que está encontrando tantas barreiras para se reinventar, é possível aproveitar o momento e ser destaque no cenário atual da economia brasileira. Mais do que nunca, é necessário descobrir de forma assertiva a fonte de sua energia.

Estrategia-negocio

Foto: Reprodução

Embora uma carreira ética seja um caminho intrinsecamente gratificante para a felicidade, também existe a opção de se concentrar em suas paixões e seus talentos. Não priorize o status nem o salário: faça o que gosta e aquilo em que você é realmente bom.

A humanidade tem investido há séculos na obsessão pela culpa e pelo fracasso. Os médicos estudaram as doenças para aprender sobre a saúde. Os psicólogos investigaram a tristeza para aprender sobre a alegria. Os terapeutas procuraram descobrir as causas do divórcio para aprender sobre o casamento feliz. E nas escolas e locais de trabalho, em todos os cantos do mundo, as pessoas têm sido encorajadas a identificar, analisar e corrigir suas fraquezas para se tornar forte.

Esse raciocínio pode até ser bem-intencionado, mas equivocado. Culpas e fracassos merecem estudos, mas pouco revelam sobre nossos pontos fortes.

Grande parte das empresas multinacionais faz investimentos nas áreas onde seus colaboradores têm dificuldades, passa delicadamente a denominá-las “lacunas de competência” ou “áreas de oportunidade” e oferece cursos de treinamento para que as fraquezas sejam corrigidas. Alguns profissionais dizem que isso é desenvolvimento, porém os grandes líderes encaram como controle de danos. Mais cedo ou mais tarde, você vai perceber que o caminho eficiente para o sucesso é desenvolver a capacidade de lidar com o que está certo em você e nos seus funcionários, e acreditar no poder dos pontos fortes.

Os talentos de cada pessoa são valiosos e únicos, e a verdade é que as grandes organizações deveriam não apenas se ajustar ao fato de que cada funcionário é diferente, mas também tirar proveito dessas diferenças. E o maior potencial de crescimento de um profissional está nas áreas onde ele tem seu ponto mais forte.

Está mais do que na hora de mudar as regras. Pense nisso como o princípio central para um novo modo de trabalhar e transforme seu foco. Suspenda qualquer interesse que você possa ter nas suas fraquezas e explore os intricados pormenores de suas fortalezas. Olhe para dentro de si mesmo, identifique seus traços mais fortes, reforce-os com a prática e o aprendizado, e então encontre ou invente uma função que mobilize todos os dias esses pontos.

Quando fizer isso, você e sua empresa serão mais fortes, produtivos, eficientes e bem-sucedidos. A revolução dos pontos fortes pode ser um ótimo começo para injetar ânimo neste ecossistema que tem como premissa um pensar diferente. Tente resistir a esta transformação.

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