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Opinião

Discussões sobre “branding” no mundo das startups

O Collision é responsável reunir 200 startups, CMOs globais, VCs e diversos CEOs das marcas “hype" no meio digital


18 de maio de 2017 - 18h44

Se você tem uma start-up, trabalha em uma, ou de alguma forma está envolvido no meio digital preste atenção no Collision. Organizado pela mesma turma do Web Summit, e intitulado de “America’s fastest growing tech conference”, o Collision acontece na primeira semana de maio, na vibrante e saborosa New Orleans durante a semana do Jazz Festival. Se você quiser aprender muito, conhecer mais de 200 startups, ouvir CMOs globais, VCs e diversos CEOs das marcas “hype” no meio digital, e ainda sair com a cabeça fervilhando de idéias para o seu negócio, já pode marcar sua passagem. Vale a pena. São centenas de palestras por dia, painéis dos mais variados assuntos do mundo digital e muita informação ao mesmo tempo em 12 palcos temáticos para testar sua capacidade de se concentrar durante os 3 dias do evento.

Apresentações feitas, palestras assistidas e mais de 15 mil passos dados por dia (segundo meu gadget preso ao meu pulso) a temática que mais se repetiu na edição de 2017 foi:

“Pense e construa valor para a sua marca desde o dia 1.”

Para a maioria esmagadora dos CEOs e CMOs que palestraram este ano e que já alcançaram o tão sonhado nirvana em um meio tão competitivo como o das start-ups uma coisa é certa: é fundamental para o sucesso encontrar o equilíbrio entre os dois lados de uma equação difícil de ser resolvida, e muitas vezes ignorada pelas startups nos primeiros anos de vida. Investimentos em geração de demanda devem conviver com as campanhas de branding. Ponto. Para as startups que estão vivendo 24 horas por dia focadas em performance e aquisição de usuários isso soa como insanidade. Delírio.

Porém, o lado emocional da relação das marcas com seus usuários e consumidores não pode ser deixado de lado. Até experimentados VCs estão dizendo isso. Crescer sua base de usuários é importante? Claro. Essa é a sua tarefa como CEO de uma startup sem dúvida nenhuma. Mas não pode ser a única. É fato que marcas só serão construídas se os produtos ou serviços forem vencedores, gerarem receita e tração suficiente para atrair os olhos dos VCs mundo afora. Isso não está em discussão.

Mas uma coisa é certa: cedo ou tarde sua empresa vai falhar. Sim. É verdade. Algo vai dar errado lá fora. E vai ser quando seus usuários estiverem usando aquilo que você julgou ser a única coisa que importava para a sua empresa. O seu produto. E nessa hora, quando tudo parecer estar fora de controle, e a sua start-up estiver perdendo usuários, sua taxa de retenção estiver desabando e consequentemente, sua receita; sabe o que pode começar a salvar a sua vida e a manter seus usuários com você? A sua marca.

A relação emocional de seus usuários com a sua marca é tão ou mais importante do que a relação deles com o seu serviço ou produto. Acredite. A sua marca não é apenas a representação gráfica de um nome bem sacado. Ela deve representar a alma da sua empresa. Seu propósito de existência. A sua marca deve conseguir traduzir a sua promessa para o mundo. E ela não pode ser vazia, nem pequena. Ela precisa fazer sentido para os seus usuários. Caso contrário, não existirá vínculo. Construção de marca não se faz do dia para a noite. Por isso é fundamental começar cedo. Desde o primeiro dia.

Você acha que empresas como Facebook, Apple, Uber e Google nunca falharam ? Nunca cometeram um erro? Claro que já. Não se iluda. Fricção sempre vai existir. Mas a conexão dessas marcas com seus “seguidores” vai além do produto. Muito além.

Construir uma marca forte e com propósito claro desde o começo da sua startup é o que pode fazer a diferença entre estar ou não no caminho certo. Caso contrário, prepare-se para as consequências amargas de possuir uma marca que vive constantemente em rota de colisão com seus usuários. O preço a pagar lá na frente vai ser muito mais alto do que o investimento que você poderia ter feito.

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