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Opinião

Perderemos nossos empregos para robôs?

Dependerá do conhecimento e da criatividade do ser humano, além do comprometimento da mídia e da publicidade, encontrar, sempre, a melhor solução dia após dia


21 de julho de 2017 - 11h02

crédito: Henrik5000/iStock

Na era do big data, falar sobre machine learning é fundamental tanto pela assertividade, quanto pelos melhores resultados em campanhas ou otimização de verba em mídia. Mas, calma, porque tudo que é novo gera incertezas e ainda é normal se deparar com muitas perguntas: Como podemos conciliar robôs com o nosso trabalho? Até onde queremos chegar? Qual o papel da mídia nisso tudo? Será que corremos o risco de perder nossos empregos para os robôs? Será que existe fórmula para o sucesso?

Confesso que prever modelos é algo que faz meus olhos brilharem, e eu acredito que exista um potencial verdadeiro e escondido por trás do machine learning, que mudou a mídia tradicional, possibilitando a personalização. Mesmo assim, profissionais da área têm encontrado dificuldade na aplicação de aprendizados, demonstrando que só investir em tecnologia para coletar e armazenar dados ainda é insuficiente se a análise e a aplicação de insights não forem adequados.

Antigamente, um profissional de mídia precisava ser um excelente negociador. Uma época em que a “fórmula de sucesso” era baseada na habilidade para “cativar” pessoas, clientes. Então, por que ainda existe muita pressão e dificuldade no processo se contamos com dados precisos e análise de números? Porque, até agora, o foco está no resultado apresentado para o cliente, conduzindo a análise de dados para a conclusão da campanha. Por mais que algumas empresas apliquem os aprendizados das campanhas passadas e, consequentemente, melhorem a comunicação, ainda estamos longe de construir uma conversa individualizada, em escala e a longo prazo, e que, automaticamente, acabaria com mensagens isoladas de campanhas ou promoções.

É importante que marcas e consumidores se aproximem cada vez mais como parceiros. As agências devem mediar essa aproximação, estudando novas maneiras de compreensão deste novo mundo para entregar às pessoas o que elas realmente querem. E isso é possível com um diálogo aberto, sincero, no qual a tecnologia agrega, automatiza e reduz o custo final.

Ao identificar interesses e preferências individuais dos usuários, sugerindo conteúdo, produtos e serviços, a mídia estreitou o escopo de informação que chega ao consumidor, como o RSS Feed. Eu chamo isso de “Efeito Amazon”. De um lado se encontra a praticidade de busca e recebimento de sugestões. Do outro, um resultado baseado por um histórico de consumo que omite outros títulos, limitando o usuário e prejudicando campanhas.

Mas vai depender do conhecimento e da criatividade do ser humano, além do comprometimento da mídia e da publicidade, encontrar, sempre, a melhor solução dia após dia. Não, a inteligência robótica não vai roubar nossos empregos. Na verdade, esse tema deveria ser abordado de uma outra maneira: O que o auxílio de robôs no dia a dia trará de bom para todos nós?

Será possível focar em métodos mais complexos, valorizando, assim, o trabalho humano, o seu intelecto. Se existe uma “fórmula para o sucesso”, eu diria que ela está no cuidado minucioso com a análise de dados, o respeito com a marca e, principalmente, com o usuário final. Estamos apenas no começo da Era do Big Data e ainda temos muito o que aprender.

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