Escutar o público jovem é o que “rola”

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Opinião

Escutar o público jovem é o que “rola”

Precisamos saber respirar o ar de quem desejamos falar, assim como aqueles que desejamos alcançar e também com quem vem ditando essa geração que está em construção


20 de setembro de 2017 - 14h55

Nos últimos anos tenho vivido diariamente um mergulho de informações e experiências ao lado de jovens, universitários, pessoas mais velhas e jovens empreendedores. Cada roda de conversa vale uma aula, onde a troca de experiência não tem limite, todos falam o que pensam e o objetivo é único: entender tudo que vem acontecendo ao nosso redor.

Observo que nós executivos do mercado, temos muito que aprender com esses jovens da nova geração Y. Eles não têm medo do novo, de ideias novas, do moderno, do desafio, da igualdade de gêneros, de nada, absolutamente nada e estão sempre conectados com tudo o que acontece ao redor deles e no mundo. Esse pessoal “tá” disposto para o impossível “mano”, para o “tamo junto e não abro”, “tendeu”

Precisamos saber respirar o ar de quem desejamos falar, assim como aqueles que desejamos alcançar e também com quem vem ditando essa geração que está em construção. Se de um lado venho me envolvendo nesse universo jovem, do outro cada vez mais me aproximo e me coloco no lugar das pessoas mais velhas. Recentemente em uma das minhas viagens fui questionado se eu conseguiria falar com o cliente final, minha resposta foi clara e objetiva: “eu quero é falar com quem paga tudo isso aqui e é seu chefe: o consumidor”.

No Brasil, a amplitude da diversificação é enorme, já que somos um país gigante em termos geográficos e temos uma intensidade cultural peculiar. Por experiência posso afirmar que temos muitos “Brasis” dentro do território brasileiro. A diversidade entre as cinco regiões nas quais o país é dividido, deve nos levar à constante adaptação da nossa linguagem, estratégias midiáticas e produtos. O objetivo é único, atenderemos eficazmente, as necessidades específicas de uma população sem perfil uniforme.

Deparo por aí com vários sotaques, inúmeras tradições, diferentes comportamentos, hábitos característicos e distintas visões de mundo. Recentemente viajei para algumas cidades das regiões norte e nordeste do país e presenciei uma realidade não observada pelos profissionais de comunicação – jovens e adultos antenados. Além de grandes marcas de carro, restaurantes sofisticados, agenda cultural diversificada, planos reais para viagens entre familiares e amigos, assim como a latente visão para o consumo dos meios através da sua importância e vínculo criado ao longo dos últimos anos.

Convido todos para nos aventurarmos. Coloque um tênis, um jeans, uma camiseta e “bora” passar o dia com quem manda na gente. Afinal, a publicidade é apenas uma parte da equação, as oportunidades que esta transformação de troca de experiência que os jovens nos oferecem é finita e ainda há muito mais a ser descoberto na medida em que nos permitimos pegar essa onda. De nada adianta o marketing direcionado, a mídia programática, como real time branding ou bidding, se nós não estamos ligados nas novas ideias e no consumidor do futuro.

“Oxi meu rei” acha que estou exagerando? “Vixi, viajô hein”! Se permita vestir seu melhor disfarce e se infiltrar no universo descolado e de mente aberta dos jovens. A capacidade deles de se colocarem na pele do consumidor final e de enxergarem lá na frente é absurda. “Cê” ainda acredita que o mundo acontece enquanto “cê tá í” na poltrona da casa da vó? “Véi, na boa…se liga na responsa”, corre “maluco”, mas saiba andar ao lado de quem realmente paga o seu salario: o seu publico alvo.

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