É melhor defender nossas certezas do que flanar no mundo das dúvidas

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Opinião

É melhor defender nossas certezas do que flanar no mundo das dúvidas

Estamos vivendo um dos mais estimulantes momentos para criar mensagens realmente novas, diferenciadas e efetivas


28 de setembro de 2017 - 10h40

Em uma época cheia de dúvidas é sempre melhor buscar as certezas que nos cercam e defendê-las. O último Singularity University Global Summit 2017 aconteceu neste mês em San Francisco. Pyr Marcondes publicou aqui mesmo no Meio & Mensagem um resumo com as principais conclusões da revolução que vem por aí. Se você ainda não leu, clique aqui e depois volte para continuar o meu texto. Vale a pena.

Você viu no resumo do Pyr que algumas lógicas de negócios estabelecidos há dezenas de anos devem mudar. A GM recentemente afirmou que vai mudar seu foco de vender carros para vender serviços de mobilidade. É uma decisão histórica e que tem um só objetivo: sobreviver. Outra informação assustadora: em 2050, com mil dólares, você vai conseguir comprar o poder computacional de todos os cérebros humanos juntos. Imagine isso aplicado à busca pela cura do câncer.

Existem coisas mais óbvias como o desaparecimento de empregos e o surgimento de novos. O que impacta definitivamente sobre o que devemos ou não aprender e direciona as escolas em todo o mundo para um método de ensino menos rígido e antiquado.

Outra informação faz você se perguntar sobre o mercado do petróleo como o conhecemos atualmente: até 2020, todos os táxis da China serão elétricos. Entendeu? 100% dos táxis não usarão mais gasolina.

Essa revolução está chegando bem rápido. Tão rápido que basta ler algumas linhas para concluir cristalinamente que as mudanças vão atropelar sem dó nem piedade todas as empresas que continuarem a agir como se ainda estivessem no século passado.

Isso é a morte da publicidade? Tenho certeza que não. Mas, ao mesmo tempo, com a mesma certeza posso afirmar que estas mudanças anunciam o futuro falecimento de todas as empresas que não conseguirem deixar de lado um discurso ultrapassado e fechado às mudanças.

Nosso papel como publicitários é e sempre será fortalecer marcas e dar para elas longevidade. Isso inclui estar alinhado com um novo comportamento do consumidor em relação aos seus hábitos e consumo.

Big Data e machine learning estão à disposição de qualquer empresa que queira investir no conhecimento do seu consumidor. No entanto, quem analisa os dados continua a valorizar comportamentos do passado e as conclusões continuam sendo as mesmas. Dá para contar nos dedos de uma mão os institutos de pesquisa que entenderam que existe uma revolução em curso e que conseguem entregar novos insights.

Estamos vivendo um dos mais estimulantes momentos para criar mensagens realmente novas, diferenciadas e efetivas. Apesar de todas as evoluções tecnológicas, a afirmação que mais me motiva e chama a atenção no resumo publicado pelo Pyr diz que criatividade, empatia e coragem serão as habilidades mais valorizadas no futuro.

Só não aproveita quem continuar na dúvida.

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