Você ainda faz a diferença?

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Opinião

Você ainda faz a diferença?

Pare de ser tão normal e dê o primeiro passo agora


2 de novembro de 2017 - 11h35

O mundo corporativo está lotado de gente assim: gente na média. O que acontece? Desde o ensino médio até o vestibular a preocupação é com a média das provas. Se a pessoa ficou na média, ótimo, estava aprovado, era uma alegria só, motivo de comemoração. O que, convenhamos, equivale a celebrar o fiasco da média de ignorância do resto e da nossa própria. Mas a maioria de nós foi educada assim: ficar na média é muito bom.

Essas pessoas, quando ingressam no mercado de trabalho, também procuram ficar na média, passam a vida na média e tornam-se profissionais medianos.

E se você se contenta com a média, paciência. Mas há um preço para isso. Sabe qual é? Ter salário médio, visibilidade média, reconhecimento médio, reputação média, bônus médio, uma carreira média, empresa média. E o pior: sua segurança também será média. Porque, acredite, os médios nunca estão seguros em lugar algum. Sempre pode surgir um rock star no seu segmento e aí sua meia-idade ficará exposta, cuide-se.

Em um mercado de alta competitividade, com milhares de profissionais medianos, normais e invisíveis, uma pequena diferença de comportamento e de atitude pode resultar em uma significativa vantagem competitiva. O mundo dos profissionais normais e medianos está prestes a falir como empresa. A normalidade não leva a lugar nenhum. Nenhuma marca bem-sucedida atingiu o sucesso por ser normal. Ninguém está disposto a pagar nem um centavo a mais pelo normal. O normal tem preço médio de mercado, é commodity. O valor está na diferença. A normalidade só leva a guerra de preços de mercado, e aí, para se manter, você terá que dar muito desconto e fazer promoção com a sua marca, e está aí o primeiro passo para a perda de valor e para a invisibilidade no mercado.

O valor está em não seguir as regras, em não se conformar com o estabelecido, em contrariar a normalidade. Mais quantas vezes eu terei que repetir isso? Na verdade, sou radical nisso: acho que a normalidade empobrece e não contrói nada. Aparentemente ela o acalma e o deixa mais seguro mas, na verdade, ela o equaliza, suga sua energia, puxa você para baixo e sem nenhum valor profissional.

E talvez você não faça mais a menor diferença na empresa nem no mercado. Sabe por quê? Porque você foi contratado justamente pela diferença que fazia, para desequilibrar a normalidade da empresa trazendo coisas novas, novos ângulos, novas visões, novas ideias. E se você se igualou e passou a vibrar como a maioria, não desequilibra mais nada, não confronta e não serve mais. É difícil para você ouvir isso?

Se você pensar em negócios e inovação, tome o exemplo de Richard Branson da Virgin e veja o que ele fez com as vendas de música na época em qua atuava no ramo. Pense em Steve Jobs e na Apple e veja o que ele fez com o mercado e o impacto que isso teve na sua vida. Pense em Ray Krock, do McDonald’s, e avalie as transformações no ramo da alimentação. Pense em Anita Rodick da Body Shop e em como ela derrubou as regras no mundo da cosmética e inventou o ativismo empresarial.

Agora reflita sobre seu negócio, olhe para o lado, olhe ao redor, avalie o seu setor. Pense nos seus produtos e serviços, na sua entidade, na sua carreira. Você está fazendo alguma diferença?

A normalidade só vai levá-lo a enxergar aquilo que todo mundo enxerga e fazer o que todo mundo faz, vai conduzi-lo para a manada e invisibilidade. Ser normal vai deixar suas tardes de verão mais chatas, a pauta mais longa, a agenda tediosa, as segundas-feiras insuportáveis, as conversas menos agradáveis e os dias mais difíceis. Por isso, aceite um conselho: assuma alguns riscos e pare de ser tão normal.

Avalie todas as oportunidades ao seu redor, reflita sobre todos os problemas de que se lamenta o tempo todo e descubra se não seriam ótimas oportunidades para você trabalhar. Ponha atitude em sua vida, não meça esforços para chegar lá. Dê o primeiro passo, mas faça isso agora.

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