O que esperamos da publicidade para as mulheres em 2018

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Opinião

O que esperamos da publicidade para as mulheres em 2018

Nunca se falou tanto da tal da liberdade feminina, que reflete diretamente em como nós olhamos para as campanhas


21 de dezembro de 2017 - 13h11

Segundo o último dossiê apresentado pelo Google sobre “A busca por diversidade no Brasil”, hoje busca-se duas vezes mais sobre diversidade e quatro vezes mais sobre empoderamento feminino do que em 2012, e as pesquisas do termo “machismo” cresceram 163% nos últimos dois anos. Mas, sem precisar ir tão longe, basta perguntar para qualquer pessoa que ela certamente irá confirmar que a maneira de comunicar — e vender — para mulheres mudou nesses últimos tempos. Nunca se falou tanto da tal da liberdade feminina, que reflete diretamente em como nós olhamos para as campanhas de publicidade. Tudo isso resultou em um grande aprendizado que, sem dúvida, vai continuar nos próximos anos. Entre ápices positivos e erros grotescos em 2017, listei abaixo aquilo que esperamos do meio publicitário para o ano que vem:

Ser tratadas com respeito

Partindo de dentro para fora, as agências de publicidade ainda são locais em que o assédio acontece, seja moral ou sexual. Em estudo feito no Brasil, 90% das mulheres declararam ter sofrido esse tipo de abuso. Como exemplo positivo para um desses casos, temos a Martin Agency, que apresentou uma nova CEO após o anterior ser investigado por conta de uma denúncia de assédio sexual.

Não ter que se encaixar em um padrão

Outro ponto forte para 2018 é acabar com aquela velha ideia que todas nós precisamos fazer parte do combo loira, alta, do olho azul etc. Cada uma de nós tem sua individualidade, seu corpo, sua maneira de se vestir. E as marcas que estão comprando conosco essa ideia acabam fazendo mais sentido para essa audiência. Propondo uma conversa sobre a diversidade do corpo da brasileira, a Marcyn contou com influenciadoras digitais de tipos de corpo diferentes em sua nova campanha (gente, as mulheres adoooram se enxergarem nas campanhas!). Se até a Anitta colocou as celulites para jogo em prol de um corpo feminino mais real no seu novo clipe — da música Vai Malandra —, quem somos nós para não fazer o mesmo, né?

Influenciadoras digitais na comunicação da marca (Crédito: Divulgação).

– Que não haja mais estereótipos forçados

A mulher que é super mãe e vive para cuidar da casa? Ou então ela é superficial? Vazia? Competitiva com outras mulheres? Vaidosa em nível tóxico? É assim que nós ainda somos retratadas em diversas campanhas atuais. Se lembrarmos que a publicidade é um meio de comunicação, conseguimos ver que ela também é parte da perpetuação desses estereótipos de gênero. 2018 é o ano de dar um basta final nesse tipo de representação, assim como a Nescau fez ao publicar o #MeninasFortes, em que cada uma delas demonstra coragem para lidar com determinadas situações – e como isso reflete na sua vida adulta.

Enfim, espero de coração que 2017 tenha sido só o pontapé inicial desse caminho publicitário que enxerga de fato as mulheres — e não um estereótipo ultrapassado. Vem, 2018, estamos ansiosas por você!

 

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