Sprint To The Future

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Opinião

Sprint To The Future

Haverá espaço para mensagens interruptivas, assim como haverá uma maior presença das marcas no entretenimento, em múltiplas telas, nos mais diversos momentos da jornada do consumidor


27 de abril de 2018 - 9h01

Arthur Sadoun, presidente do Publicis Groupe

Lendo a entrevista de Arthur Sadoun na edição de aniversário de 40 anos de Meio & Mensagem, fiquei pensando no epicentro do plano “Sprint To The Future”, do Publicis Groupe. Segundo Sadoun, a necessidade básica de futuro para as marcas é o “engajamento dos consumidores um a um, em massa”.

Definitivamente esse é um bom resumo dos desafios da indústria de comunicação pelos próximos anos. Acredito que as agências terão um papel muito importante nessa estratégia, na arquitetura dessa conexão com os consumidores – que estão mais espalhados e expostos à uma gigantesca gama de conteúdos multi-fragmentados.

A briga por relevância e/ou conversão tem um grande trabalho de depuração de meios, de encontrar a hora certa para falar. É um aspecto essencialmente técnico, de manipulação de dados e de entendimento de hábitos de consumo. Isso tudo irá ser o “drive” para que as mensagens possam ser trabalhadas de forma adequada – e aqui, talvez esteja a maior disrupção de todas: uma verdadeira revolução de formatos e narrativas.

É certo que há muito para ser feito, mas usando o mesmo termo de Arthur Sadoun, para que haja verdadeiramente um “Sprint” para esse futuro, precisaremos de uma dose extra de ousadia dos responsáveis pelas marcas

Se a profecia de Sadoun estiver correta, as marcas deverão cada vez mais se diluir em uma infinidade de possibilidades de contato com as pessoas. Haverá espaço para mensagens interruptivas (principalmente em ações de conversão), assim como haverá uma maior presença das marcas no entretenimento, em múltiplas telas, nos mais diversos momentos da jornada do consumidor.

A indústria do entretenimento no Brasil está passando por uma fase bastante promissora. Há bons players no mercado de produção audiovisual, estruturando-se cada vez mais para criar produtos de entretenimento, não apenas para o mercado brasileiro. A demanda por esses desenvolvimentos vem principalmente dos canais de TV (aberta e fechada), assim como dos players de Video On Demand, que cada vez mais fazem parte da vida das pessoas.

Esse mercado responde muito ao trabalho que o Governo vem desenvolvendo, gerando leis de incentivo, desburocratizando o processo. Há também a demanda de algumas poucas marcas, que já começam a despertar para essa nova realidade, dando os seus primeiros passos em novas linguagens / narrativas.

É certo que há muito para ser feito, mas usando o mesmo termo de Arthur Sadoun, para que haja verdadeiramente um “Sprint” para esse futuro, precisaremos de uma dose extra de ousadia dos responsáveis pelas marcas.

Nesse turbilhão que estamos vivendo, os papéis de agências e marcas estão sendo revistos. Para alguns, esse é um sinal de crise. Para uns poucos, pode ser até o fim. Mas acredito que para muitos, esse é um belo começo.

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