A grande experiência nos negócios

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Opinião

A grande experiência nos negócios

As soluções são projetadas buscando entregar ao consumidor algo que seja excepcional e gere identificação com a marca


25 de maio de 2018 - 19h38

 

Créditos: shulz/iStock

C2, antes de tudo, é um design de experiência que valoriza nos negócios a curiosidade humana. Tudo que é apresentado aqui representa um case de curiosidade, de visão exploratória, de futuro. A curiosidade é favorável aliada das novas perspectivas. Caminhamos pelos lugares por onde passamos já tantas vezes e sempre é possível encontrar novas trilhas. Sempre há poesia escondida atrás dos detalhes despercebidos. Detalhes aos quais o C2 Montreal dá tanta atenção. Da troca dos contatos profissionais (cartão de visitas é proibido, tudo é feito digitalmente pelo serviço Klik), à troca da água no palco para os palestrantes entre um encontro e outro (realizada por performers que entram em cena como se estivessem atuando em uma peça, dançam e fazem a brincadeira acontecer).

Tudo é um serviço na lógica dos organizadores, e sempre mais no mercado global. Cada vez mais, a percepção de valor depende da qualidade das interações. Por isso, as empresas estão migrando de uma lógica de venda de produtos para uma visão de oferta de serviços. “You are not a marketer anymore”, diz o dr. Carl Marci, responsável na Nielsen pela área de neuromarketing, e um dos palestrantes do dia. Os profissionais de marketing estão virando caçadores de engajamento, continua ele. A partir da abordagem do design, as soluções são projetadas buscando entregar uma experiência ao consumidor que seja excepcional e gere identificação com a marca.

Mas, como levar essa cultura de serviços para as nossas empresas? Pois falar é fácil. Emerge no C2 essa questão que é cultural e parece ser a proposta: um grande local de criatividade onde à fantasia das ideias livres agrega-se a concretude “pé no chão” das boas realizações. Tudo isso é presente e tangível no C2. Presente no conteúdo, na linguagem e estilo de fazer as coisas, nos pequenos detalhes. Como o giz e o mural disponíveis para os participantes brincar, escrever, desenhar.

Não é só um encontro de negócios. É um espaço de experiência formativa com networking e lazer, onde a experiência é a alma desse ócio criativo. Não basta realizar um evento, um “negócio”, se é feio, sem alma. O design desse grande evento revela ao mundo a grande experiência e a empresta, ensina e fomenta.

Na revolução cognitiva que esse evento apresenta, à lógica do mercado precisamos embutir a lógica da humanidade. Tudo por aqui parece querer ser essa grande conexão humana. Todas as trilhas desses dois dias me levam à jornada da curiosidade. Que continua sendo a poderosa alavanca das inovações.

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