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Opinião

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O ambiente criado pelo C2 permite a construção de uma ponte que conecta a alta tecnologia com a alma


30 de maio de 2018 - 18h22

Crédito: reprodução

Desde a minha chegada a Montreal, tive a oportunidade de vivenciar um turbilhão de sensações. É bastante desafiador dividir algo tão íntimo, pessoal e totalmente meu, e isso é o que mais faz sentido na proposta do C2 Montreal.

A cada dia de festival, as reflexões ficam mais profundas e amplas. O tempo todo, de diversas maneiras, seja por meio de palestras, painéis, laboratórios, workshops, somos desafiados a nos questionar, nos reinventar. E ressignificar é algo que alguém como eu, que venho da indústria, tradicional, eficiente, tecnológica, centenária e de inquestionável sucesso, veio buscar aqui. Sendo bem sincera, minha expectativa era encontrar a mais alta tecnologia disruptiva, aquela que assusta, que nos deixa sem dormir pensando na incerteza dos empregos no futuro. Montreal é conhecida como o maior centro de inteligência artificial do planeta e acabei sendo absolutamente atropelada por outra coisa, pelo mundo das emoções.

Acredito que o ambiente criado pelo C2 permitiu a construção de uma ponte que conecta a alta tecnologia com a alma. Dados, robôs, algoritmos, metodologias, inteligência artificial, realidade virtual — tudo isso pode ser absolutamente humano. Você já parou para pensar como a música que ouve no Spotify é capaz de mostrar o que você está sentindo e, por meio dela, contar a sua história? Devemos nos transbordar, nos abrir para discutir, respeitando todas as nossas diferenças e vendo a beleza disso tudo sem temer.

A diversidade sendo vivenciada em sua plenitude nos torna mais criativos e abertos para nos tornarmos extraordinários em tudo que fizermos. E isso nos permite transformar nossas empresas, famílias e a maneira como nos relacionamos. Vamos descobrindo quão imperfeitos somos, cheios de vieses inconscientes e como temos a oportunidade de nos transformarmos de maneira constante.

Após mais de 120 horas sendo soterrada por sensações, experiências, desconfortos, percebo que inovação, na sua forma mais ampla, é uma experiência humana. É termos uma mente curiosa, aberta para sentirmos tudo, mesmo o que não conhecemos, o que tememos, e assim podermos amplificar e contaminar ao nosso redor com a energia de querer sempre mais. Temos que multiplicar, dar acesso, aprender, mudar, evoluir.

Saio do C2 usando a tecnologia mais disruptiva que essa jornada poderia me oferecer: a tecnologia do sentir. Existe algo mais high tech do que isso?

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