Uma visita ao futuro

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Opinião

Uma visita ao futuro

Aibo, o cachorrinho robô, munido de inteligência artificial baseada na nuvem, aprende ao longo do tempo e desenvolve uma personalidade própria


7 de junho de 2018 - 10h55

Crédito: reprodução/Sony

Domingo, 3, foi dia de visitar o Sony Square, headquarter da Sony em Tóquio, um lugar onde é possível experimentar, ao mesmo tempo, o presente e o futuro. A visita começou com um vídeo de apresentação projetado em uma tela de mais de dez metros de largura, fabricada com LEDs microscópicos, que proporcionam uma experiência única de cores, brilho e claridade. Como disseram, em nenhuma outra tela é possível ter um preto mais profundo ou um branco mais brilhante. O vídeo explica como a empresa está dividida: consumer electronics, professional solutions e entertainment.

A partir daí, iniciamos uma visita guiada por um show room, onde tivemos acesso aos mais recentes lançamentos e a alguns protótipos que estão sendo desenvolvidos e que chegarão ao mercado nos próximos anos. Começamos pela divisão de consumer electronics. Logo de cara, nos apresentaram a missão da empresa: “Queremos ser aqueles que criam o futuro”. E vimos um protótipo chamado “T”, uma mesa branca, aparentemente comum, mas que conta com uma tecnologia de projeção que fez parecer que estávamos em um filme de ficção científica.

A primeira demonstração foi uma projeção interativa do livro Alice no País das Maravilhas, que, à primeira vista, também parecia um livro comum, mas que, ao ser colocado na mesa, ganhou cores em suas páginas preto e branco e os personagens ganharam vida, saindo do livro para passear pela superfície. Ao tocarmos nos personagens, provocávamos uma nova ação ou introduzíamos outros elementos na mesa, com os quais eles imediatamente interagiam. Por exemplo, quando colocávamos uma xícara na mesa, Alice imediatamente se aproximou e brincou com ela.

O livro foi substituído por alguns blocos brancos de madeira. A mesa identificou o objeto e projetou nele imagens de um prédio. Ao retirarmos o bloco de cima, a projeção, que até então era um telhado, mudou para a planta de uma casa. Então, posicionamos outro bloco que, ao simularmos uma caminhada com os dedos pela planta da casa, se transformava em uma tela que projetava em vídeo alguém andando por dentro dos seus ambientes, fazendo o caminho que nossos dedos faziam.

Há muitos anos, atendo contas do segmento imobiliário e fiquei fascinado imaginando o impacto que tal tecnologia trará em alguns anos. Não só pela substituição das maquetes dos stands de vendas, mas, principalmente, pela experiência que compradores e vendedores poderão ter.

Na sequência, pudemos brincar com o Aibo, o cachorrinho robô que foi um dos grandes protagonistas do SXSW este ano. O mais impressionante foi entender que, munido de inteligência artificial baseada na nuvem, o pet tecnológico aprende ao longo do tempo e desenvolve uma personalidade própria. Não à toa, o brinquedo já foi lançado comercialmente e, neste momento, está esgotado em todo o Japão.

Continuando a visita, entramos em um espaço chamado Life Space UX e lá pudemos conhecer alguns produtos de ponta, já lançados comercialmente. Desde lâmpadas inteligentes, que além de luz, tocam música através de Bluetooth e WiFi até um móvel que projeta vídeo de qualidade HDR (High Dinamic Range) direto na parede.

Depois, passamos pelas divisões de entertainment e professional business onde experimentamos o novo Playstation VR e conhecemos as tecnologias mais modernas em produção de conteúdo profissional como câmeras 4K HDR que permitem enxergar mínimos detalhes como a textura dos tecidos que estão sendo filmados.

O que mais me impressionou foi entender como uma empresa com mais de 70 anos continua se reinventando e dominando um segmento atuando de ponta a ponta.  Seus produtos vão desde a fabricação de câmeras, usadas para produzir seus filmes projetados em salas de cinema do mundo, até os próprios projetores.

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