A evolução da paternidade

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Opinião

A evolução da paternidade

Sabemos que a paternidade está mudando, mas isso não impede que o pai compartilhe momentos importantes e, ao mesmo tempo, engraçados com o filho


31 de julho de 2018 - 16h12

Crédito: RuslanDashinsky/iStock

Horário para voltar para casa depois da festa de sábado à noite, telefonemas a todo instante querendo saber onde e com quem está, olhares desconfiados para amigos que não parecem ser uma boa companhia, reclamações porque ficou demais ao telefone e a conta “veio daquele jeito”. Esses são apenas alguns exemplos de situações que você certamente já passou na infância ou adolescência com o seu pai. Sim, os pais de antigamente eram mais rígidos, não só o meu, o dos meus amigos também eram assim.

Eu sou mãe de um menino de 12 anos de idade e cheguei à conclusão de que algumas coisas, felizmente, mudaram na criação dos filhos – os pais não são mais os mesmos. Inclusive os pais de antigamente também já estão mudando. Mas, alguns costumes, preocupações, cobranças… Ah, esses continuam os mesmos.

Vamos um pouco além. Estereótipos não se aplicam mais. Os homens modernos, em sua grande maioria, estão mais envolvidos na criação dos filhos: não tem medo de trocar fraldas, aprendem todos os segredos na hora de dar banho, preparam a mamadeira e colocam o filho para dormir. O pequeno cresce e a responsabilidade aumenta. Muitos pais levam para a escola, ajudam a fazer a tarefa e ainda participam das reuniões escolares. Preparam o almoço ou jantar do filho, vão ao supermercado e ainda sobra aquele tempinho para se divertir:  brincar de guerra de travesseiros, jogar bola, dançar sua música favorita, preparar um bolo. Sim as opções são muitas. A paternidade realmente está evoluindo e os pais, a cada dia que passa, buscam alternativas para estarem mais próximos dos filhos, participando efetivamente de tudo.

Segundo o estudo “Pais Contemporâneos”, publicado pela WGSN, consultoria de tendências, o novo momento da paternidade permite que os pais alternem turnos de trabalho, auxiliem nos cuidados diários e, principalmente, dividam as responsabilidades e tarefas para auxiliar na criação dos filhos. De acordo com o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, desde que a licença paternidade foi instituída em Quebec, no Canadá, o número de pais que fazem uso desse benefício aumentou em 250%.

Também observo que cada vez mais as marcas e a mídia, de forma geral, querem se envolver com as conversas voltadas à paternidade e seus questionamentos. Há algum tempo, começaram a aparecer pais influenciadores que compartilham suas experiências, momentos de carinho e situações engraçadas, o que torna essa virada de chave um pouco mais fácil.

Sabemos que a paternidade está mudando, mas isso não impede que o pai compartilhe momentos importantes e, ao mesmo tempo, engraçados com o filho, como a primeira vez em que tomaram sorvete juntos e o filho voltou para casa todo sujo de chocolate, ou o primeiro banho sozinho que deixou o banheiro de cabeça para baixo. Buscamos ações que vão além do pai herói. Queremos o pai herói por perto, claro. Mas, queremos aquele que, além de herói, é amigo do filho e se diverte com ele em situações rotineiras.

Existem, sim, muitos padrões que precisamos revisitar. Não estou dizendo que é fácil criar essa relação entre pais e filhos, mas com amor, carinho, atenção e aquela boa dose de diversão, certamente a paternidade será um dos momentos mais incríveis e transformadores na vida do homem.

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