Bom senso é a melhor estratégia

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Opinião

Bom senso é a melhor estratégia

O que mais precisamos neste momento é de clareza nos pensamentos


9 de agosto de 2018 - 13h06

Segundo o Aurélio, bom senso é o equilíbrio entre razão e sabedoria nas decisões ou nos julgamentos em cada situação que se apresenta. Descartes, velho conhecido nosso, chama de bom senso “o instrumento geral do conhecimento que é capaz de discernir o verdadeiro do falso”. Ele ainda chama de bom senso a “luz natural”. Uma boa definição levando em consideração que o que mais precisamos neste momento é de clareza nos pensamentos.

 

(Crédito: Pixabay/Pexels)

Bom senso de olhar para o futuro da nossa indústria com mais objetividade e menos fatalismo. Bom senso de olhar o quanto as agências de ponta já investiram e modificaram sua maneira de agir face ao mundo digital.

Bom senso de entender que Google, Facebook, Instagram, Reddit, Twitch e outros são apenas meios. Assim como o rádio e a televisão, cada um em sua época. Bom senso de entender que as pessoas que não concordam com isso são as mesmas que querem que você acredite que elas têm mais relevância só porque entendem a parte técnica. Mas que sem talento, compreensão de construção de marcas e criatividade elas são apenas técnicas com um nome bonitinho no cartão. Até porque entender que criatividade acima da média é investimento e não despesa e que é ela que vai continuar dando relevância ao nosso mercado.

Bom senso de olhar para outros mercados, aprender com eles mas não esquecer que o nosso mercado é completamente diferente em números  e comportamento. Bom senso de encarar o fato de que o mercado não pode mais ser dividido entre digitais e não digitais e sim em agências boas e agências ruins.

Bom senso de entender que neste momento marcas precisam encarar com mais seriedade seus investimentos no mundo digital entendendo que influenciadores tem força sim, mas que não são a saída de todos os problemas.

Bom senso em trabalhar com pessoas de diferentes culturas, raças, sexo porque isso agrega para o trabalho final e não porque é bonitinho levantar esta bandeira. Bom senso de ajustar as estruturas a uma nova ordem de rentabilidade mas priorizar a senioridade porque é ela que vai tornar todo o processo mais fluído e rentável.

Bom senso de entender que prêmio não é objetivo mas consequência e que esta inversão trouxe para o nosso mercado um dia-a-dia de baixa qualidade onde comemora-se campanhas sem consistência e solidez conceitual mas que, na verdade são apenas o que o cliente conseguiu aprovar.

Por falar em processo, bom senso de entender que os processos internos precisam ser radicalmente modificados envolvendo o cliente em todas as fases de um trabalho para torná-lo ainda mais eficaz.

Bom senso que diz que devemos estar unidos para defender um dos mercados publicitários mais respeitados em todo o mundo. E de entender que estamos em transformação, como sempre estivemos. Não precisamos de um olhar cataclísmico.

*Crédito da foto no topo: Little Visuals/Pexels

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