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Os jornais impressos estão na liderança quando o assunto é confiança nos meios de comunicação


30 de agosto de 2018 - 12h18

Estamos em uma época de mudanças constantes em todos os cenários e segmentos. É assim na economia, na indústria da mobilidade e também nos hábitos de consumo de informação. Diariamente, somos bombardeados por uma quantidade sem fim de comunicação, seja nas empresas, nas redes sociais e até nos nossos automóveis. Nem mesmo nos voos, lugares de completo isolamento pessoal até bem pouco tempo atrás, estamos livres da tecnologia e da internet. Nesse contexto, podemos culpar ou nos aproveitar da tecnologia?

Com isso, um outro debate pode ser aberto: quem tem influência de verdade? Qual o meio? É aquela matéria impressa ou do online, complexa, e recheada de apurações? Um post de influenciador com uma imagem bonita? Uma boa propaganda, daquelas que te pegam e te deixam sem fôlego? Ou a exposição nas redes sociais, direta, visual e com muitas hashtags?

Como comunicador e consumidor de informação, digo que todas as opções são interessantes, necessárias e precisam ser bem usadas. Não podemos esperar uma solução mágica, uma receita de bolo e nem mesmo nos acomodar. O mundo como conhecíamos mudou. E seguirá em constante mutação. Sou fã da boa análise, daquelas que o jornalista levou dias, semanas, meses para apurar, produzir e publicar. Mas não posso viver sem o update ágil e rápido dos canais de redes sociais e de matérias no online. Uma propaganda que te faz refletir é também igualmente impactante e fica registrada na memória. Tem espaço e momento para tudo. Cabe à indústria e a nós, profissionais de comunicação, saber usar esses poderosos meios para levar aos consumidores a nossa mensagem.

E a credibilidade de quem te influencia? Segundo o último balanço divulgado pela Pesquisa Brasileira de Mídia, os jornais impressos estão na liderança quando o assunto é confiança nos meios de comunicação — 59% dos entrevistados confiam sempre ou muitas vezes nas notícias publicadas em jornais. Assumimos, portanto, que a credibilidade está ainda baseada em um meio que chegou a ser anunciado como morto pelo rádio, depois pela TV e, mais recentemente, pela internet, mas que persiste como um bastião da confiança nacional, à frente da TV, de grandes empresas e outras entidades. Ainda sobre TV, segundo a mesma pesquisa, 63% da população têm na TV o principal meio de informação. A internet está em segundo lugar, com 26% dos entrevistados. Indo além, segundo a última pesquisa da Edelman Trust Barometer, podemos ver que antes de confiar em instituições, nós acreditamos em pessoas. Lembra do “olho no olho”, base sob a qual construímos nossos laços mais estreitos de relacionamento? Pois é!

Com tanta ação quantitativa, onde ficou o qualitativo? Assolados cada vez mais com o terrível advento de compra de seguidores e fake news em nosso cotidiano, parece que imprensa tradicional ainda preserva a credibilidade mais do que necessária em momentos de crise, por exemplo. Lembremos: Mark Zuckerberg escolheu a mídia tradicional para se pronunciar “de verdade” sobre o recente vazamento de dados de usuários do Facebook. CNN, New York Times, Wired. Qual seria outro motivo para que o dono da maior rede social buscasse os meios tradicionais que não fosse a credibilidade?

Mas não podemos deixar de pensar de maneira mais rápida. Em seu mais recente Estudo de Intenção de Compra, a J.D. Power do Brasil mostrou que 40% dos consumidores do País têm intenção de usar a internet para comprar carro. E esse hábito de compra não é diferente na maioria dos setores.

Seja qual for o seu hábito de consumo de informação, ele seguirá em constante mutação, como um organismo vivo. A única regra para nós, comunicadores, é o fim das regras e da zona de conforto. A comunicação 4.0 é dinâmica, cíclica e exige cada vez mais dos profissionais deste meio. Precisaremos pensar em estratégias plurais, crossmedia, duas telas ou qualquer que seja o novo rótulo da moda e que faça a integração dos diferentes meios. É preciso atuar em todas as frentes e com credibilidade! Sempre.

*Crédito da foto no topo: Scott Webb/Pexels

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