Quando a diversidade se encontra com a criatividade

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Opinião

Quando a diversidade se encontra com a criatividade

Quanto mais pessoas de origens diferentes, com histórias distintas estiverem envolvidas no dia a dia de uma empresa, mais ricas serão as propostas levantadas


5 de setembro de 2018 - 17h42

Quem já participou de um brainstorming sabe: somente a diversidade de opiniões permite desenvolver novas ideias e pode multiplicar as possibilidades de soluções para determinadas questões. Já o contrário também é válido: uma reunião de pessoas com as mesmas visões dificilmente te levará a algum lugar diferente. São típicos exemplos de como a diversidade pode influenciar positivamente no dia a dia de uma empresa. O tema, que já foi considerado tabu por muito tempo, começa a ganhar espaço no ambiente corporativo — e com resultados bem acima da média do mercado.

Basta olhar as recentes pesquisas para entender esse novo cenário. Empresas com diversidade significativa no quadro de funcionários e liderança têm 1,4 chance a mais de crescimento em seus setores, de acordo com pesquisa realizada pela DDI e a Ernst & Young. Além disso, estudo conduzido por professores da Universidade do Estado da Carolina do Norte e da Universidade Estadual de Portland mostra que companhias que incentivam a diversidade criam mais produtos e serviços inovadores.

Ainda hoje, muitos empresários consideram a diversidade de diferentes grupos sociais como algo protocolar ou, pior, como estratégia de marketing. É uma integração míope, que abrange apenas a superfície do problema e que abre pouco, ou nenhum, espaço para que mulheres, negros, homossexuais, idosos e deficientes, entre tantos outros grupos, que são minoria no mercado de trabalho corporativo, possam contribuir com suas ideias e conceitos. Nessa situação, as diferenças não são valorizadas, mas sim desestimuladas porque há pouco espaço de voz e participação.

O que esses profissionais não percebem é que a diversidade anda lado a lado com a criatividade. E essa sempre vem acompanhada de bons resultados. A lógica é bem simples: quanto mais pessoas de origens diferentes, com histórias distintas estiverem envolvidas no dia a dia de uma empresa, mais ricas serão as propostas levantadas em uma reunião ou discussão. Assim, fica mais fácil pensar em novos produtos, serviços e campanhas — com a vantagem de representatividade de opiniões e a certeza de que o resultado do processo vai incluir e refletir a visão dos grupos ou comunidades que desejamos atingir.

Essa é, seguramente, uma receita de sucesso para os tempos atuais: diversidade e criatividade fatalmente levarão a uma maior rentabilidade. Em tempos de retração econômica e intensa competitividade entre os setores, é a chance de fazer mais com menos. Ao entender o que as pessoas querem de fato, a empresa identifica “atalhos” para levar as melhores oportunidades a esses potenciais clientes. O ideal, portanto, é facilitar o diálogo e permitir que o ambiente seja colaborativo e estimule a troca saudável de opiniões.

Em pleno século 21, é inadmissível ver empresas ignorando questões cruciais como a diversidade em seus processos. O mundo mudou e grupos que antes ficavam à margem das posições de liderança nas empresas começam a emergir. Quem percebe esse movimento e promove uma integração de verdade sai na frente em seus setores. Afinal, não há criatividade e inovação sem o reconhecimento dessas diferenças.

*Crédito da foto no topo: Dom J/Pexels

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