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Poder da narrativa: o cérebro explica

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Poder da narrativa: o cérebro explica

Chris Graves, da Ogilvy, explica como o cérebro reage positivamente a histórias bem construídas


17 de março de 2017 - 14h45

Não foi somente a experiência e a atual posição de Christopher Graves que lotou o salão E do JW Marriott: fundador e atual presidente da Ogilvy Center for Behavioral Science, é chairman da agência de PR da rede, onde entrou após 23 anos como jornalista consagrado de outlets como Dow Jones, The Wall Street Journal e CNBC. Também gerou curiosidade o tema de seu painel no South by Southwest: “Cérebro, Comportamento, História: Narrativas que Transformam sua Cabeça”. Tamanha atenção fez a organização improvisar um painel extra, no salão F-G, na sequência do anterior.

Pois Chris fez a segunda apresentação com a mesma energia e entusiasmo, interagindo intensamente com o público, que realizou “efeitos sonoros” (de máquina do tempo a britadeira) para sua performance. Também, se o principal argumento do jornalista é falar sobre o poder da narrativa, nada como criar um storytelling marcante para marcar seu ponto.

Chris Graves, da Ogilvy (Crédito: Igor Ribeiro)

Chris Graves, da Ogilvy (Crédito: Igor Ribeiro)

A história de Chris começou em 1848, quando Phineas Gage, um minerador americano, sofreu um acidente grave, tendo o crânio perfurado, mas sobreviveu e manteve suas capacidades mentais, apesar das mudanças de comportamento. Chegou a Donald Trump, analisando os efeitos que seu discurso e campanha teve sobre a mente das pessoas e a aparente cegueira de parte da mídia sobre sua ascensão.

Pontuou as diferentes formas que o público reage à comunicação em sua correlação com a convivência social, a influência política e a análise de conteúdo. Nessa jornada, mostrou como pesquisas científicas, principalmente a partir da invenção da ressonância magnética, provaram que o cérebro responde de forma mais sensível e enfática quando uma conexão empática é construída, principalmente por meio de narrativas sensíveis, que colocam a audiência numa posição de similaridade com o sujeito da história.

Para conseguir esse efeito, Chris pontuou quatro orientações básicas para fazer valer seu argumento na hora de construir uma história:

1- Discutir os fatos não ajuda, só piora a situação;

2- Repetir um mito inadvertidamente só o populariza;

3- Uma afirmação funciona, mas raramente usamos isso; e

4- Nós constantemente subestimamos o poder da narrativa.

Como exemplo, Chris mostrou duas campanhas que, segundo ele, conseguiram estabelecer um elo harmonioso entre história e público com sensibilidade e sem julgamentos. Ambas histórias têm na família um elemento central (o que, talvez, não tenha nenhuma casualidade, já que esse é um ambiente próximo e sensível a quase todos).

Veja, a seguir, os filmes das campanhas mencionadas por Chris Graves:

 

 

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