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O lado humano da revolução digital

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O lado humano da revolução digital

A criação de um processo de decisão orientado por dados exige o treinamento de uma equipe multidisciplinar, com conhecimento de negócios e competências analíticas, capaz de elaborar hipóteses, obter insights, testar sua viabilidade e medir os resultados.


22 de setembro de 2017 - 7h51

 

Por Marcelo Sousa (*)

Muito se discute sobre o impacto da revolução digital em nossos processos e tecnologias, entretanto, pouca ênfase tem sido dada a entender como ela transformará as pessoas e as relações de trabalho. Sob esse aspecto, a DMEXCO 2017 procurou resgatar o aspecto humano da revolução digital, colocando-o como o elemento central, catalizador entre os dados e a criatividade, uma ponte necessária entre a tecnologia e o engajamento das marcas com seus clientes.

From data to insights

Dados são importantes, mas agir a partir deles é disruptivo. Ter uma grande base de dados não significa tomar decisões mais inteligentes e estabelecer conexões mais relevantes com seus clientes. A captura e o armazenamento de dados do cliente é apenas o primeiro passo. A criação de um processo de decisão orientado por dados exige o treinamento de uma equipe multidisciplinar, com conhecimento de negócios e competências analíticas, capaz de elaborar hipóteses, obter insights, testar sua viabilidade e medir os resultados. Saber fazer as perguntas certas no momento certo é fundamental, por isso a qualidade do material humano é mais determinante para o sucesso do que o volume de dados disponíveis.

From Artificial to Augmented Intelligence

Será que um dia seremos substituídos pela máquinas? Se isso ocorrer, não estaremos vivos pra ver. Na opinião de Bob Lord, CDO da IBM, a tendência é que nos próximos anos os algoritmos nos ajudarão a resolver problemas específicos, como por exemplo, escolha da melhor audiência de uma campanha, melhor oferta de produtos, precificação, entre outras aplicações, liberando tempo para que nós, seremos humanos, utilizemos nossa criatividade para construir experiências mais enriquecedoras com nossos clientes. Para definir essa nova relação, ela utiliza o termo “inteligência aumentada”(Augmented Intelligence), defendendo que homens e máquinas serão ainda mais eficientes juntos.

Data-driven Creativity

Dados e criatividade sempre estiveram em lados opostos da mesa?

Temos visto que a crescente quantidade de dados oriundos de todos os canais de contato com o cliente tem nos ajudado a trilhar a jornada do cliente e entregar mensagens personalizadas de acordo com as características de cada momento e canal, utilizando-se de triggers em tempo real e de recursos de personalização em escala. Isso abri um amplo universo para que profissionais criativos e de tecnologia construam juntos mensagens únicas, relevantes e pessoais em cada um interação com o cliente, criando experiências marcantes entre marcas e consumidores

A revolução digital mudará a nossa relação com nossos pares e com a tecnologia. Nós precisaremos estar preparados para um novo ambiente de negócios onde a velocidade de ação e a capacidade de compartilhamento de tarefas complexas com outras equipes, e até mesmo com máquinas e algoritmos de inteligência artificial, serão cruciais.

(*) Marcelo Sousa é Presidente da ABRADI  e Diretor executivo da Marketdata

 

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