Em meio à escalada de questionamentos sobre a capacidade do Facebook lidar com a privacidade de dados, a Playboy decidiu desativar suas páginas no Facebook.
A revista disse que a decisão vem na esteira de anos durante os quais sentiu dificuldade de expressar seus “valores” na plataforma devido à política de proibição de nudez no feed.
“Isso sempre desafiou nossos objetivos de negócio e a capacidade de atingir nossa audiência de maneira autêntica. Mas as notícias recentes sobre a incapacidade do Facebook de lidar com os dados dos usuários solidificaram nossa decisão de suspender nossa atividade na plataforma”, disse a companhia em comunicado nesta quarta-feira, 28. “Mais de 25 milhões de pessoas interagem com a Playboy em nossas várias páginas do Facebook e não queremos ser cúmplices ao expor nossa audiência às práticas da rede”.
Cooper Hefner, CCO da Playboy (Crédito: Reprodução)
No Twitter, o CCO da Playboy, Cooper Hefner, anunciou o distanciamento do Facebook e descreveu a plataforma como “sexualmente repressiva”. Veja o tweet aqui.
A Playboy é mais uma das empresas aderindo ao movimento #DeleteFacebook. Elon Musk deletou seu perfil pessoal e o de suas empresas, a Tesla e a Space Exploration Technologies Corp. Brian Acton, fundador do WhatsApp – comprado pelo Facebook em 2014 – tuitou a hashtag na semana passada.
Com uma política bastante detalhada sobre nudes, o Facebook sempre reiterou seu direito de remover qualquer conteúdo e que está “sempre trabalhando para avaliar melhor o conteúdo e reforçar princípios”.
