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Comunicação

Abap discute publicidade infantil e corrupção

Primeira reunião nacional da entidade foi realizada no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 21


21 de abril de 2014 - 2h41

Com representantes de seus capítulos regionais, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) promoveu nesta sexta-feira, 21, a sua primeira reunião nacional, no Rio de Janeiro. Na pauta, questões como a publicidade infantil, tema da campanha Somos Todos Responsáveis, promovida pela entidade, a publicidade institucional em ano eleitoral e a lei anticorrupção, que passou a valer a partir de janeiro deste ano.

Organizador do livro No Mundo da Publicidade Infantil, Alexandre Secco apresentou os principais pontos da publicação que faz parte da campanha Somos Todos Responsáveis, da Abap. Desde que foi lançada, há dois anos, ele já atingiu dois milhões de pessoas na internet, publicou cinco cartilhas e realizou mais de 400 entrevistas em vídeo. O livro completa esta iniciativa com um trabalho de pesquisa promovido em 50 países com as mais diversas culturas, com cenários diversos no que diz respeito à educação e legislação. Entre eles estão Canadá, Estados Unidos, Espanha, Mexico, Marrocos, China e Finlândia. Os pesquisadores promoveram quase 200 entrevistas com famílias brasileiras que moram há mais de três anos nestas localidades e que tem filhos pequenos.

Sacco informou que em praticamente todas entrevistas a influência da propaganda é percebida com alguma apreensão. “As pessoas tem uma apreensão genérica em relação a influência da publicidade, não traduzem de forma objetiva, mas paira uma sensação de dúvida. Alguns falam em medo, outros em desconforto em relação a convivência das crianças com a propaganda”, apontou.

Outro ponto levantado foi que, em nenhum lugar onde há regras rigorosas sobre o assunto, como Holanda, Canadá, Finlândia e Inglaterra, as proibições foram vistas como efetivas. “A sensação é que a propaganda está em todo lugar e vai muito além da televisão”, disse.

Como parte da preocupação da maioria dos pais, aparece a propaganda associada ao consumo e a fastfood. “Eles estão preocupadas com alimentação e genericamente com o imput de consumo”, explicou.

Por outro lado, as proibições não são vistas como soluções já que hoje a propaganda está presente em jogos nos computadores e tablets, em postes nas ruas e outros lugares. Os entrevistados apontaram ainda que os pais desempenham papel central na educação dos filhos. E lembraram que a propaganda tem aspetos positivos. “Nos países europeus, especificamente, as propagandas de serviços e de causas estão muito mais presentes na grade comercial e são citadas como favoráveis, como contribuições positivas. Dão um equilíbrio interessante nesta discussão”, concluiu.

Orlando Marques, presidente da Abap, ressaltou que a campanha Somos Todos Responsáveis é uma bandeira da entidade. “Sabemos da importância de lutarmos para termos uma sociedade responsável e não acreditamos que se faça cidadãos responsáveis ignorarando coisas que fazem parte da vida. A propaganda é uma delas”, disse.

Esclarecimentos sobre a publicidade institucional em ano eleitoral e a lei anticorrupção também integraram a programação da reunião que serviu também para a posse de três novos diretores da Abap. Roberto Tourinho assumiu a diretoria administrativa financeira no lugar de Paulo Zoega; Antônio Luis de Freitas é agora o vp de gestão e relações com o mercado, cargo antes ocupado por Antônio Lino Pinto, já Paulo César Queiroz passa a responder pela diretoria de assuntos interassociativos, cargo antes ocupado por Otto de Barros.

Perspectivas

Sobre as perspectivas para o ano de 2014, o presidente da Abap falou de sua opinão pessoal. Para ele, se a Copa for bem produzida, o país ficará bem na fita. “Se for mal, podemos desandar. Temos tudo para fazer uma grande Copa, basta vontade política e gestão. Lembram da Eco 92?”, citou.

A campanha política logo após a Copa do Mundo é apontada como um problema para o anunciante e a mídia. “Sairemos de um período dominado pelo esporte para a propaganda eleitoral gratuita. Qualquer cliente que goste de boas campanhas não quer ficar perto daquilo”, acredita. Por outro lado, ele acha que estes dois fatores impactaram positivamente o ano até agora. “Alguns clientes estão antecipando suas ações, com boas campanhas”, disse.

Na parte da tarde a Abap concluirá sua reunião com uma programação fechada à imprensa. Além de questões administrativas, será apresentado o caso da concorrência promovida pelo Comitê Rio 2016 para as Olimpíadas que, após esclarecimentos da Abap, Fenapro e Cenp, suspendeu o polêmico edital em curso. Marques acredita que, se for promovido um novo processo para escolha de agência, ele seguirá os padrões do mercado. 

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21 de abril de 2014 - 2h41

Com representantes de seus capítulos regionais, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) promoveu nesta sexta-feira, 21, a sua primeira reunião nacional, no Rio de Janeiro. Na pauta, questões como a publicidade infantil, tema da campanha Somos Todos Responsáveis, promovida pela entidade, a publicidade institucional em ano eleitoral e a lei anticorrupção, que passou a valer a partir de janeiro deste ano.

Organizador do livro No Mundo da Publicidade Infantil, Alexandre Secco apresentou os principais pontos da publicação que faz parte da campanha Somos Todos Responsáveis, da Abap. Desde que foi lançada, há dois anos, ele já atingiu dois milhões de pessoas na internet, publicou cinco cartilhas e realizou mais de 400 entrevistas em vídeo. O livro completa esta iniciativa com um trabalho de pesquisa promovido em 50 países com as mais diversas culturas, com cenários diversos no que diz respeito à educação e legislação. Entre eles estão Canadá, Estados Unidos, Espanha, Mexico, Marrocos, China e Finlândia. Os pesquisadores promoveram quase 200 entrevistas com famílias brasileiras que moram há mais de três anos nestas localidades e que tem filhos pequenos.

Sacco informou que em praticamente todas entrevistas a influência da propaganda é percebida com alguma apreensão. “As pessoas tem uma apreensão genérica em relação a influência da publicidade, não traduzem de forma objetiva, mas paira uma sensação de dúvida. Alguns falam em medo, outros em desconforto em relação a convivência das crianças com a propaganda”, apontou.

Outro ponto levantado foi que, em nenhum lugar onde há regras rigorosas sobre o assunto, como Holanda, Canadá, Finlândia e Inglaterra, as proibições foram vistas como efetivas. “A sensação é que a propaganda está em todo lugar e vai muito além da televisão”, disse.

Como parte da preocupação da maioria dos pais, aparece a propaganda associada ao consumo e a fastfood. “Eles estão preocupadas com alimentação e genericamente com o imput de consumo”, explicou.

Por outro lado, as proibições não são vistas como soluções já que hoje a propaganda está presente em jogos nos computadores e tablets, em postes nas ruas e outros lugares. Os entrevistados apontaram ainda que os pais desempenham papel central na educação dos filhos. E lembraram que a propaganda tem aspetos positivos. “Nos países europeus, especificamente, as propagandas de serviços e de causas estão muito mais presentes na grade comercial e são citadas como favoráveis, como contribuições positivas. Dão um equilíbrio interessante nesta discussão”, concluiu.

Orlando Marques, presidente da Abap, ressaltou que a campanha Somos Todos Responsáveis é uma bandeira da entidade. “Sabemos da importância de lutarmos para termos uma sociedade responsável e não acreditamos que se faça cidadãos responsáveis ignorarando coisas que fazem parte da vida. A propaganda é uma delas”, disse.

Esclarecimentos sobre a publicidade institucional em ano eleitoral e a lei anticorrupção também integraram a programação da reunião que serviu também para a posse de três novos diretores da Abap. Roberto Tourinho assumiu a diretoria administrativa financeira no lugar de Paulo Zoega; Antônio Luis de Freitas é agora o vp de gestão e relações com o mercado, cargo antes ocupado por Antônio Lino Pinto, já Paulo César Queiroz passa a responder pela diretoria de assuntos interassociativos, cargo antes ocupado por Otto de Barros.

Perspectivas

Sobre as perspectivas para o ano de 2014, o presidente da Abap falou de sua opinão pessoal. Para ele, se a Copa for bem produzida, o país ficará bem na fita. “Se for mal, podemos desandar. Temos tudo para fazer uma grande Copa, basta vontade política e gestão. Lembram da Eco 92?”, citou.

A campanha política logo após a Copa do Mundo é apontada como um problema para o anunciante e a mídia. “Sairemos de um período dominado pelo esporte para a propaganda eleitoral gratuita. Qualquer cliente que goste de boas campanhas não quer ficar perto daquilo”, acredita. Por outro lado, ele acha que estes dois fatores impactaram positivamente o ano até agora. “Alguns clientes estão antecipando suas ações, com boas campanhas”, disse.

Na parte da tarde a Abap concluirá sua reunião com uma programação fechada à imprensa. Além de questões administrativas, será apresentado o caso da concorrência promovida pelo Comitê Rio 2016 para as Olimpíadas que, após esclarecimentos da Abap, Fenapro e Cenp, suspendeu o polêmico edital em curso. Marques acredita que, se for promovido um novo processo para escolha de agência, ele seguirá os padrões do mercado. 

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Orlando Marques, presidente da Abap, ressaltou que a campanha Somos Todos Responsáveis é uma bandeira da entidade. “Sabemos da importância de lutarmos para termos uma sociedade responsável e não acreditamos que se faça cidadãos responsáveis ignorarando coisas que fazem parte da vida. A propaganda é uma delas”, disse.

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A campanha política logo após a Copa do Mundo é apontada como um problema para o anunciante e a mídia. “Sairemos de um período dominado pelo esporte para a propaganda eleitoral gratuita. Qualquer cliente que goste de boas campanhas não quer ficar perto daquilo”, acredita. Por outro lado, ele acha que estes dois fatores impactaram positivamente o ano até agora. “Alguns clientes estão antecipando suas ações, com boas campanhas”, disse.

Na parte da tarde a Abap concluirá sua reunião com uma programação fechada à imprensa. Além de questões administrativas, será apresentado o caso da concorrência promovida pelo Comitê Rio 2016 para as Olimpíadas que, após esclarecimentos da Abap, Fenapro e Cenp, suspendeu o polêmico edital em curso. Marques acredita que, se for promovido um novo processo para escolha de agência, ele seguirá os padrões do mercado. 

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