Fortalecidas, agências do RJ ganham autonomia

Meio & Mensagem
3 de fevereiro de 2015 - 5h02

 Os escritórios cariocas das agências que têm a maior parte de seu faturamento em São Paulo estão recebendo mais investimentos e ganhando autonomia.

Apesar do encerramento da operação da F/Nazca S&S no Rio de Janeiro, as outras agências têm boas notícias.

Ogilvy

A Ogilvy Rio conquistou na sexta-feira, 30, a conta de OLX, que estava na NBS. Apesar do auxílio da equipe de São Paulo na concorrência, a verba será atendida no Rio.

A agência reforçou a atuação na cidade com a contratação do espanhol Felix del Valle, ex-diretor-geral de criação da Contrapunto BBDO, que chega ao Brasil em março para substituir o também espanhol Paco Conde, que deixou a agência ao final do ano passado para ingressar na BBH Londres. “O Rio é uma operação vital, importante em faturamento e talento. Nunca foi a nossa casa da praia”, explica Fernando Musa, CEO da agência. Com uma equipe de cem pessoas, a agência atende contas como Coca-Cola, GSK e SC Johnson — além de ter a conta dos Jogos Olímpicos Rio 2016, com quem renovou até o final do evento.

Borghi/Lowe

A agência fincou os pés na cidade há 14 meses para atender BR Distribuidora. Nesse período, o escritório comandando por André Gomes, que em sua inauguração contava com 30 funcionários, viu sua equipe crescer para 60 pessoas, na carona de conquistas como Di Santini, BNDES e Senac-RJ, além de Casa&Video, que já era atendida. André Gomes, que comanda o escritório carioca, está reforçando a criação com o diretor Duda Salles, que tem passagens pela DPZ e Agência3. Ele elogia a “carta branca” que recebeu de São Paulo para gerir o negócio.

Publicis

A empresa vive um momento de consolidação de mudanças realizadas há dois anos, quando Laurence Neveu, hoje diretora-geral da agência, e Dani Ribeiro, atual diretora de criação, chegaram à operação carioca da empresa. A criação carioca ganhou pernas e foi responsável por campanhas como a de Fructisse, com Bruna Marquezine, que marcou a estreia de uma porta-voz local em ações de comunicação para a marca. E, mais recentemente, a ação de Garnier estrelada por Tatá Werneck.

DM9Rio

Em sua segunda incursão ao mercado carioca, a DM9 chegou de forma diferente, dando mais autonomia aos executivos locais, como estratégia para se manter na cidade no longo prazo. “A agência veio pela primeira vez em outro momento, quase como uma adjacência, para cuidar de Ponto Frio. Quando abrimos a DM9Rio, decidimos não cometer os mesmos erros”, explica Ricardo Zanella, diretor-geral de atendimento e operações da agência. Por isso, a empresa conta com os sócios locais Álvaro Rodrigues e Polika Teixeira. A DM9Rio atende clientes como Firjan, Ypióca, Ancine e Le Biscuit.

FCB

A agência, que nasceu na cidade ainda como Giovanni, inverteu a lógica de seu faturamento, após expandir em São Paulo, que representa 80% de sua operação. Mas o Rio continua sendo primordial para a FCB, que ganhou um novo gás em 2014, quando a Petrobras entrou para a carteira de clientes. “Você não tem a conta da Petrobras impunemente. Tem de subir o sarrafo de qualidade em tudo, na entrega, mensuração, do ponto de vista estratégico, criativo, retorno de mídia. Uma conta deste porte, em um setor que atravessa o que atravessa, é um exercício intelectual, um desafio estratégico”, avalia Pedro Cruz, COO e CCO da FCB. A operação carioca é comandada por Gustavo Oliveira.

Pereira&O´Dell

Caçula entre as agências ouvidas pela reportagem, a Pereira & O’Dell (POD) chegou ao Rio de Janeiro há pouco mais de um ano para atender B2W. Com matriz em San Francisco, entrou no Brasil com o escritório em São Paulo, mas já tem uma equipe enxuta de 15 pessoas no Rio. “Podemos dobrar de tamanho dependendo de concorrências que estão para sair”, antecipa Liliane Badaró, diretora de operações da POD no Rio.

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