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Conexão a todo o momento

O sócio-fundador da Espalhe, Gustavo Fortes, acredita que governantes e comunidade podem estabelecer conexões para a melhoria da cidade


25 de janeiro de 2013 - 11h49

Na semana em que se comemoram os 459 anos de São Paulo – o aniversário é na sexta-feira, 25 -, o Meio & Mensagem convidou algumas pessoas para apresentar sugestões para a cidade. O tema, de livre escolha, questiona o que pode ser comemorado, o que inspira o morador ou o que pode ser melhorado para os próximos anos para a maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo.

A seguir a sugestão de Gustavo Fortes, sócio-fundador da Espalhe

“Dizer que São Paulo é a cidade que nunca para já virou clichê. São Paulo vai muito além de ser a maior metrópole brasileira, é a cidade que reúne as principais novidades e abriga os mais relevantes nomes de todo os mercados. E São Paulo merece comemorar esse aniversário com muita festa e pompa, mas devemos lembrar que, antes de tudo e independentemente de sua importância, ela é uma comunidade. Como o filósofo grego Aristóteles escreveu “toda cidade é uma espécie de comunidade, e toda comunidade se forma com vistas a algum bem, pois todas as ações de todos os homens são praticadas com vistas ao que lhes parece um bem.”

Ver São Paulo como uma comunidade nos remete à enorme revolução social e digital que vivemos. Sugiro pararmos de pensar de forma analógica e, muitas vezes passiva, nos buracos da chuva, no trânsito histérico e na poluição típica paulistana. Passemos a pensar e agir de forma digital: em pessoas conectadas fazendo circular informações e conteúdo em tempo real. O prefeito se torna prefeito um agente facilitador, um “community manager”.

Como sócio-fundador da Espalhe o que eu vou reforçar aqui é a melhoria na conectividade desta enorme comunidade em que vivemos.

Precisamos de conexões velozes e eficientes ao longo da cidade, temos que estar conectados em todos os momentos. Os serviços que temos em São Paulo ainda deixam muito a desejar, é preciso investir mais e em serviços cada vez melhores e sociais (no sentido de crowdsourcing). Recentemente foi divulgado um estudo da New Cities Foundation sobre “Deslocamentos Conectados” que revelam dados muito interessantes sobre esse tema. Por exemplo, aplicativos de celulares que permitem a conexão das pessoas que estão em trânsito podem deixar os usuários mais felizes. Com o tamanho da cidade de São Paulo e o longo trajeto das pessoas até chegarem ao seu trabalho, vejo como um ponto principal a melhoria na conectividade, fazendo com que as pessoas enfrentem o trânsito da melhor forma possível tanto de dentro dos seus carros como nos transportes públicos. Estar conectado permite ao usuário poder trocar experiências sobre os melhores caminhos, opções de táxi e ônibus, além de poder interagir nas redes sociais. Um bom exemplo para essa questão é o já existente Waze, um aplicativo que sincroniza o Facebook ou Foursquare com o GPS e sugere a melhor rota em tempo real. Já são mais de 30 milhões de usuários em todo o mundo, só aqui no Brasil já chegou a 1 milhão e a tendência é crescer cada vez mais com os downloads do Waze já superando o número de aparelhos de GPS vendidos. Porém precisamos de apps tão eficazes como o Waze para o transporte público também. Apps e comunidades sobre buracos, calçadas, gestão pública etc Esse é o meu desafio para São Paulo neste aniversário. Parabéns!”  

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