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Em evento da ABP, homenagens a Petrônio

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Comunicação

Em evento da ABP, homenagens a Petrônio

Durante o Prêmio Destaque Profissional, realizado no Rio de Janeiro, líderes da indústria lamentam a perda e reconhecem o legado de Petrônio Corrêa


3 de dezembro de 2013 - 4h48

Na noite desta segunda-feira 2, no Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Propaganda (ABP) entregou os troféus aos vencedores do Prêmio Destaque Profissional de Comunicação 2013. Mas o grande homenageado da noite, nos discursos e nas conversas entre os presentes, foi Petrônio Corrêa, que faleceu no domingo 1º, aos 84 anos, após sofrer uma parada cardíaca, em São Paulo

“Em uma data como hoje em que comemoramos um evento tão importante e festivo para os profissionais que se destacaram no ano, é uma nota triste. Ao mesmo tempo, o Petrônio é uma pessoa tão importante para o mercado que também é uma forma de prestar uma homenagem, seguindo com o evento e de alguma forma até mencionando o trabalho que ele fez desde à época da MPM, como todas as atividades que desenvolveu à frente das entidades em que ele liderou processos extremamente importantes”, frisou o presidente da ABP, Ronaldo Rangel.

Eleito Publicitário do Ano pela ABP, Luiz Lara, chairman da Lew’Lara\TBWA, dedicou o troféu a Corrêa: “O Petrônio Corrêa é a maior liderança da história do mercado publicitário. Foi um engenheiro incansável que atuou na organização do nosso setor. Além de liderar durante 30 anos a agência número um do ranking, era o P da MPM, ele levou a MPM para São Paulo. Em 1977, fez um movimento crucial na associação com o Júlio Ribeiro, o Sergio Graciotti, o Armando Mihanovich, criando a MPM/Casabranca, e fazendo dela uma agência líder, com Fiat, Ipiranga, Perdigão, entre outras marcas, e depois se dedicou a vida associativa de maneira intensa. O Petrônio esteve presente em quase todos os congressos da propaganda, foi presidente da Abap. E na presidência da Abap em 1980, em plena ditadura militar, criou o Conar. Foi o grande emulador da criação do Código de Autorregulamentação Publicitária, que aliou ética e responsabilidade no encaminhamento das mensagens publicitárias brasileiras. Quando vendeu a MPM e foi para o Conselho, se dedicou totalmente a vida associativa e criou o Cenp, em 1997, que é outro exemplo de autorregulamentação das boas práticas do mercado publicitário, zelando pelo equilíbrio nas relações entre agências, veículos e anunciantes. E, recentemente, vinha se dedicando ao IAP, o Instituto para Acompanhamento da Publicidade, cuidando da transparência e dos investimentos públicos, sejam da administração direta ou indireta. Enfim, o Petrônio é único. Uma liderança que vai fazer muita falta ao mercado publicitário, um guerreiro, sempre paciente, articulador, com uma capacidade de ouvir invejável, capacidade de aconselhar quando parecia impossível reunir interesses, e sempre respeitando as vaidades, os egos e as legitimidades de todos os players envolvidos na indústria”.

Com Lara, concorria Sergio Amado, presidente do Grupo Ogilvy, que também falou sobre a importância de Corrêa: “Quando fui durante quatro anos presidente da Abap, trabalhamos juntos, lado a lado, na formação do Cenp. O Petrônio foi um professor para mim, um mestre, uma lenda. Falar dele emociona muito. Os exemplos que ele deixa são de entrega, participação, amizade, seriedade. Além de ser um amigo, foi uma daquelas peças fundamentais para o fortalecimento e desenvolvimento do mercado no momento certo e na hora certa. Hoje é um dia triste”.
Também presente, o presidente da Associação Brasileira de Anunciantes, João Ciaco, também reconheceu a contribuição de Corrêa para o mercado. E, como diretor de publicidade e marketing da Fiat para a América Latina, lembrou a importância do publicitário para a história da marca, que foi um dos clientes emblemáticos da MPM: “Trabalhamos com longo prazo, construção duradoura, este é o nosso trabalho de marca. O Petrônio é um grande exemplo disso, do que é duração, construção de conteúdo, relevância. Todos os aspectos que falamos de marca, o Petrônio acabou construindo pela sua vida, pelo seu trabalho, pelas coisas que fez. Fico muito triste por um lado, mas feliz porque tenho certeza que ele será lembrado por muitas gerações e por tudo que deixou para o mercado brasileiro, pelo que construiu para a comunicação, o marketing e a publicidade brasileiros e pelo trabalho que fez conosco na Fiat. Trabalhamos diretamente, ele foi muito importante para o que é a Fiat. Deixo um grande beijo e acho que ele vai ser feliz onde estiver e vamos lembrar dele por muito e muito tempo”.

Co-presidente da DM9DDB, Alcir Gomes Leite, era um dos presentes que trabalhou com Corrêa na MPM. “Para conseguir resumir o que o Petrônio representou vou separar em duas partes, a primeira o que ele representou para mim. Comecei com ele, aprendi muito, aprendi o quanto é importante a gente defender o que a gente acredita, a nossa profissão. Para mim ele foi absolutamente tudo no que diz respeito à propaganda. Quanto ao que o Petrônio representa para a propaganda brasileira e mundial, é outra coisa enorme, porque foi ele que em primeiro lugar mostrou para a gente o quão importante era a defesa da nossa profissão. A propaganda sem o Petrônio perde muito, perde o principal defensor do publicitário, perde um dos principais defensores da ética da propaganda e aquele que fez com que a nossa profissão fosse algo muito maior que representante comercial de venda de espaço”.

Outro que também passou pela MPM de Petrônio Corrêa foi o publicitário Adilson Xavier: “Tive a felicidade de começar a minha carreira na MPM Rio, onde ele vinha pouco, mas era o símbolo quando chegava. Sempre me impressionou muito pela capacidade de articular e pela generosidade. Nem sei se o Petrônio lembrava que eu tinha começado na MPM, mas quando lancei o meu primeiro livro em São Paulo, foi uma das primeiras pessoas que chegou, me emocionei. E isto demonstra bem o que era o Petrônio, com todas suas atividades, sempre muito gentil, uma pessoa que tinha muito a ensinar ao mercado. Conseguiu montar uma super empresa, sair da propaganda e ficar pilotando entidades que fizeram um bem enorme à propaganda. Na verdade, ele nunca saiu da propaganda, parou com a agência e ficou dando força ao mercado. Que o exemplo dele continue dando força pra gente durante muito tempo”.

Leia também: 

Mercado lembra importância de Petrônio Corrêa

Blog da Regina – Petrônio Corrêa: uma trajetória vitoriosa

Morre Petrônio Corrêa, aos 84 anos

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