Robôs na redação: eles estão (cada vez mais) chegando!

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Robôs na redação: eles estão (cada vez mais) chegando!

Acompanhamos o avanço da automação robótica nas redações há pelo menos 3 anos e, mais e mais, ela vem se tornando realidade. Leia nestes artigos como isso está acontecendo e onde pode dar. Scary.


28 de maio de 2019 - 8h11

 

O jornalista expert em digital journalism e gestão de digital publishing Flavio Moreira, de quem já publicamos artigos aqui outras vezes, postou o artigo abaixo, por sua vez, retirado da publicação especializada What´s New in Publishing. Veja resumo do Flavio em português e o artigo original em inglês.

Mais abaixo, link para outro artigo sobre o mesmo tema, também em inglês, cujo título entrega bem o conteúdo em pauta: The dawn of the cyborg journalist. Ou, seja, o despertar (alvorecer) do jornalista cyborg.

Nele fica claro que tarefas antes imaginadas como exclusivamente humanas na redação, como investigação e apuração de fatos, conclusões a partir de informações previamente reunidas, essas coisas sendo chamadas de automated reporting ou algorithm journalism, começam a se tornar possibilidades reais.

Na China, parte disso começa a se tornar realidade. Além, é claro, de conteúdos poderem ser montados, remontados e reeditados em tempo real por máquinas e machine learning, a partir do perfil do leitor.

Novos tempos. Não gosto nada deles.

O What’s New in Publishing listou sete maneiras em que robôs têm sido usados nas redações (leia em inglês). Veja em versão resumida e traduzida:

1) Escrever artigos: O conteúdo que tende a seguir uma fórmula – como relatórios trimestrais de ganhos e cobertura de resultados esportivos – tem sido um alvo inicial para automação. “Por meio da automação, estamos oferecendo aos clientes 12 vezes mais histórias de ganhos corporativos do que antes, inclusive para muitas empresas muito pequenas que nunca receberam muita atenção”, observou Lisa Gibbs, diretora de parcerias de notícias da AP no final de 2016.

2) Novas ideias: O CMS da Forbes sugere pautas baseadas em seus resultados anteriores e títulos baseadas no sentimento do texto e suas imagens. Também está sendo testada uma ferramenta que escreve versões iniciais de artigos que os autores podem simplesmente aprimorar, em vez de ter que escrever “do zero.

3) Personalização de recomendação de conteúdo: A Netflix é um exemplo de empresa de mídia que fala abertamente sobre algumas de suas atividades nesse espaço. Por exemplo, a ela já revelou como personaliza a arte que os consumidores veem com base no histórico de visualizações. “… Vamos imaginar como as diferentes preferências dos membros do elenco podem influenciar a personalização da imagem de destaque do filme Pulp Fiction. Um membro que assiste a muitos filmes com Uma Thurman provavelmente responderia positivamente à imagem que contém Uma. Enquanto isso, um fã de John Travolta pode estar mais interessado em assistir a Pulp Fiction se a obra de arte incluir John. ”

4) Identificação de tendências: Ferramentas como os algoritmos proprietários usados pelo NewsWhip e pelo Storyful podem ser implantados para identificar artigos com tendência de virar virais.

5) Checagem de fatos: No início deste mês, uma colaboração entre a Full Fact, a Africa Check, a Chequeado e o Open Data Institute garantiu US $ 2 milhões ao longo de três anos como um dos vinte projetos apoiados pelo AI Impact Challenge do Google; uma iniciativa de US $ 25 milhões projetada para demonstrar como a inteligência artificial pode abordar alguns dos problemas mais preocupantes da sociedade. Por meio desse trabalho, as equipes “usarão a AI para fornecer ferramentas de monitoramento de tendências e ajuda na análise de notícias e outras informações das agências de checagem. Isso dará aos verificadores de fatos mais tempo para se concentrarem em pesquisa, análise e redação de artigos que contextualizem as notícias e ajudem todos nós a tomar decisões mais informadas”.

6) Melhorar dinâmicas de trabalho: Publishers como AP e The Washington Post argumentam que a automação de certos tipos de conteúdo pode liberar jornalistas para realizar outros trabalhos. Na Sky News, por exemplo, a IA está sendo implantada para realizar atividades como reconhecimento facial e legendas automáticas para “libertar jornalistas”.

7) Criar novas experiências do usuário: O New York Times usou um bot do Facebook Messenger, para fornecer uma espécie de jogo moderno “escolha-sua-própria-aventura”, dando ao público uma escolha de respostas predeterminadas a perguntas e comentários colocados pelo bot.

Se você tem alguma sugestão de conteúdo e gostaria de compartilhar com o resto da lista, envie para newsletter@flaviomoreira.comCaso você queria indicar a newsletter com alguém, é possível consultar as edições anteriores assinar por aqui.

Obrigado,

Flávio Moreira

 

Aqui, o link para a matéria de como a Inteligência Artificial está definitivamente invadindo a redação e o jornalismo.

 

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