QR Code e as possibilidades na publicidade

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QR Code e as possibilidades na publicidade

O uso do código, presente há tempos nas estratégias de grandes marcas, ganhou ainda mais protagonismo, ao estreitar o relacionamento com consumidores


16 de fevereiro de 2021 - 6h00

Criado na década de 1990, o Quick Response Code, mais conhecido pelo nome QR Code, baseia-a em um gráfico de duas dimensões (2D), capaz de, quando lido pela câmera de um celular, trazer à tona informações, como páginas da internet. As funções dessa tecnologia são múltiplas. Se na mídia impressa, por exemplo, pode revelar conteúdo extra, no mercado publicitário, é capaz de trazer, via embalagens, TV, pontos de venda e outdoors, as promoções e os detalhes de uma campanha. O QR Code, mais do que assumiu o papel de uma ferramenta de comunicação, passou a auxiliar na divulgação de marcas e no estreitamento da relação com os consumidores.

 

O QR Code permite a conexão entre o off-line e online (crédito: Pixabay/Pexels)

Segundo Edson Sueyoshi, vice-presidente de tecnologia e produção da R/GA, o QR Code ganhou, ainda mais, protagonismo no ano passado, com o início da pandemia do novo coronavírus e a ascensão das lives de entretenimento. Além disso, no Brasil, afirma João Vicente, head of growth strategy da Sapient AG2, a criação do mais novo meio de pagamento Pix, que promete realizar transferências em até dez segundos sem a interferência de intermediários, é mais uma das ações do mercado que tem ajudado a popularizar o QR Code. Por meio dessa opção de transação, é possível definir um valor fixo e usar o código em diversos pagamentos, como uma espécie de etiqueta do produto, e há a alternativa de inserção do valor pelo pagador. Mas, Edson destaca que “a familiaridade das pessoas ao uso da tecnologia já vinha num movimento crescente pré-pandemia, com carteiras digitais, ativadas nos pontos de venda”.

“Na publicidade, as possibilidades são infinitas, além das lives”, diz o head of growth strategy da Sapient AG2. Em 2018, quando a Nike abriu sua primeira loja Nike Live, em Los Angeles, por exemplo, foi concebido um armário inteligente com QR Code, responsável por dar vida a um sistema de reserva e retirada instantânea para membros do aplicativo NikePlus. Na TV, é possível encontrar campanhas de diversas marcas na grade. À exemplo, em 2020, durante o intervalo da novela Totalmente Demais, da Globo, a C&A entrou no ar com descontos oferecidos via QR Code, que conduzia o público à plataforma de e-commerce da marca.

Entre as vantagens de se aplicar a tecnologia na comunicação, está a conexão entre o ambiente off-line e online, capaz de levar o público de uma mídia tradicional para uma digital. Outro benefício é a criação de um identificador único, responsável permitir a construção de campanhas personalizadas. “Todo cliente que pode ser identificado pode ter um QR Code associado a ele em um sistema e leitores podem identificá-lo no mundo físico”, explica Edson. “Uma campanha estática de out-of-home tem pouco potencial de captação de dados, porém, quando direcionada para o celular através de um QR Code, abre a possibilidade de mensurarmos e capturar os dados relevantes dos mais diferentes targets impactados”, adiciona João.

Normalmente, diz João, o QR Code é utilizado para prover um conteúdo de apoio à comunicação principal. Além disso, pode ter outros objetivos, como informar, captar dados, surpreender, expandir conhecimento, ampliar outras frentes de contato com o cliente e fidelizar. “Se já levaremos uma pessoa a pegar o celular, abrir a câmera e apontar para a tecnologia, é preciso atender a expectativa de uma entrega de valor para o usuário. Se a mídia usada não é adequada para provocar essa ação e se o seu uso não tem um propósito claro, é inútil”, complementa o profissional da R/GA. É essencial definir claramente e mensurar para onde o QR Code vai direcionar o target.

As barreiras
As barreiras para introduzir o QR Code na publicidade estão, cada vez mais, menores, uma vez que a mídia massiva já normalizou a tecnologia. Na linha de pensamento do QR Code ser uma ponte de ativação do digital no mundo físico, seu princípio primordial é de facilitar o acesso a uma URL, que pode levar a um site ou a um identificador único, como no caso das carteiras digitais. “A barreira tecnológica que existia em um passado recente de problemas de conectividade, como número reduzido de smartphones ou a falta de conhecimento da tecnologia, já foram superadas nos grandes centros”, explica Edson.

Atualmente, a criação de QR Code é acessível para marcas e até mesmo pessoas físicas, uma vez que existem diversas aplicações na internet que criam código personalizado de forma gratuita. Mas, o profissional da Sapient AG2 aponta que é necessária a utilização de textos informativos e explicativos, que permitam aumentar o alcance e comunicar para um público mais amplo dentro de uma estratégia definida. Ademais, João destaca que os anunciantes precisam estar atentos a questões de privacidade de dados e compliance: “Por isso, a criação desses códigos com desenvolvedores parceiros é o recomendável, pois aí podemos ter total controle de todo e qualquer fluxo de dados gerado desde a concepção até as interações”.

*Crédito da foto no topo: Koto Feja/iStock

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