Meio&Mensagem

Fernando Murad
8 de janeiro de 2020 - 4h00

Chamada de Woven City, cidade da Toyota será inaugurada no início de 2021 (crédito: divulgação)

A transformação da indústria automotiva em função do surgimento de soluções alternativas de mobilidade vai além da apresentação de modelos elétricos, autônomos, carros-conceito e veículos voadores – como Mercedes-Benz e Hyundai lançaram na edição 2020. O investimento das companhias também abarca cidades inteligentes e robôs.

Akio Toyoda, presidente da Toyota Motor Corporation, anunciou em evento na CES o projeto de construção de uma cidade inteligente em um terreno de 175 acres na base do Monte Fuji, no Japão. Batizada de Woven City (cidade entrelaçada), a área terá um ecossistema totalmente conectado que funcionará à base de hidrogênio.

A inauguração está prevista para o início de 2021. Inicialmente, a cidade terá duas mil pessoas, entre residentes e pesquisadores, que poderão testar e desenvolver tecnologias autônomas, robótica, mobilidade pessoal, casas inteligentes e inteligência artificial. A montadora abriu o projeto para outros parceiros comerciais e acadêmicos.

O arquiteto dinamarquês Bjarke Ingels, CEO do Bjarke Ingels Group (BIG), responsável pelo design do 2 World Trade Center (Nova York), da Casa do Lego (Dinamarca), do Google’s Mountain View e da sede do Google em Londres, assinou o projeto da Woven City.

“Construir uma cidade completa, mesmo em uma escala menor como essa, é uma oportunidade única de desenvolver tecnologias para o futuro, incluindo um sistema operacional digital focado na infraestrutura urbana, com pessoas, construções e veículos todos conectados e se comunicando entre si por meio de dados e sensores, com os quais seremos capazes de testar a Inteligência Artificial nos domínios físico e virtual, maximizando seu potencial”, afirmou o presidente da Toyota.

Robô Digit, parceria da Ford com a Agility Robotics, tem função logítica (crédito: divulgação)

A Ford, por sua vez, está apresentando em seu estande os primeiros robôs Digit produzidos pela Agility Robotics. O modelo autômato com braços e pernas capaz de interagir com seres humanos já começou a ser produzido comercialmente e tem a Ford como primeira cliente.

Desenvolvido para aplicação em logística, o robô se apresenta como solução para a etapa inicial e final das entregas, complementando a operação dos veículos autônomos. A parceria inclui, ainda, a pesquisa de como os veículos comerciais da Ford e o Digit podem dialogar entre si e com o ambiente por meio de tecnologias de conectividade. O robô poderá ser orientado, por exemplo, sobre como e onde o cliente prefere a entrega de suas encomendas e pedir ajuda se algo inesperado for encontrado.