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O que faz a Nasa pensar fora da Terra?

Nasa iTech, programa de aceleração da agência, foi apresentado na CES destacando dez tecnologias – de áudio à agricultura – que podem resolver problemas no planeta e no espaço

Luiz Gustavo Pacete
9 de janeiro de 2020 - 13h00

Soluções que contribuam para uma exploração em Marte estão em discussão no programa Nasa iTech (Crédito: Reprodução)

Pensar fora da caixa. A expressão, que se tornou lugar comum para ilustrar a busca pelo novo, ainda faz muito sentido para a Nasa. No entanto, a agência precisa pensar fora do planeta Terra para encontrar soluções que resolvam problemas dentro dele. Essa premissa é defendida pelo programa Nasa iTech, plataforma de aceleração que busca iniciativas e startups que desenvolvam soluções para resolver problemas de alta complexidade e que ajudem a Nasa em seus projetos de exploração espacial.

Kira Blackwell, diretora do Nasa iTech, explica que o principal objetivo do programa é encontrar tecnologias que possam resolver grandes problemas na Terra e ajudar a Nasa a desenvolver a próxima era de exploração espacial. “Os problemas da humanidade são complexos e demandam soluções complexas. E dentro de uma estratégia de exploração espacial, lidar com os desafios na Terra e no espaço são aprendizados tão próximos quanto se pode imaginar”, afirma ressaltando a importância de encontrar talentos e projetos capazes de lidar com as demandas atuais de inovação.

Das dez startups selecionadas para participar de um pitch da agência espacial, a maioria já desenvolve soluções em escala comercial.  Todas elas se apresentaram na noite de quarta-feira 8. Dennis Andrucyk, diretor do Space Flight Center da Nasa, explica que entre as principais demandas atuais está a exploração de Marte, logo, faz muito sentido que as tecnologias apresentadas nesta edição estejam relacionadas à formação de colônias e ao desenvolvimento da manutenção da exploração no planeta vermelho. A Agri Tech Producers, por exemplo, desenvolveu uma tecnologia baseada em biomassa que permite o cultivo de alimentos em solos hostis de forma escalável.

Já a Aperiomics se baseia em microbiologia para identificar microorganismos que possam ser danosos ou espalhar doenças. A Healium XR se utiliza da imersão para reduzir ansiedade em astronautas em missão se utilizando de wearables voltados ao bem-estar. Entre elas também estão a Nanolog, especializada em aúdio, a Otolith Labs com soluções farmacêuticas, a Re:3D que oferece tecnologia de impressão em 3D. “Observar o que essas empresas estão desenvolvendo, descobrindo e criando é um exercício importante de inovação e que ajuda a Nasa na renovação de sua dinâmica”, pontua Dennis Andrucyk.

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