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IBM: teles miram 5G e computação edge

Para 60% dos CEOs de empresas de telecomunicações, é preciso aprofundar-se na segurança de dados, afirma levantamento da IBM Institute for Business Value

Victória Navarro
28 de junho de 2021 - 6h00

A pandemia da Covid-19 intensificou a importância da conectividade e, consequentemente, do cloud. As restrições de mobilidade fizeram com que, em meses, as teles passassem a receber uma demanda de tráfego, que seria esperada em anos. Profissionais adotaram, por exemplo, o teletrabalho e estudantes, a videoconferência. Diante de um cenário mais digital, as operadoras começaram a mirar, cada vez mais, o 5G (quinta geração de telefonia móvel) e a computação edge (de borda). Segundo Marisol Penante, líder de serviços de consultoria para a indústria de mídia e telecomunicações da IBM para a América Latina, foi incitada a ampliação de capacidades de transmissão de dados de data centers e de nuvens, que suportam os serviços de banda larga e internet.

No Brasil, o leilão de frequências para o 5G está previsto para ocorrer, ainda, neste ano. Porém, as teles esperam ter implantações, no meio de 2022, em todas as capitais do País. “De uma forma geral, todas as grandes operadoras já estão trabalhando com testes e pilotos da tecnologia”, diz Marisol. Adicionalmente, há diversas iniciativas de computação de borda em andamento pelas empresas de telecomunicações, que visam as novas aplicações da quinta geração de telefonia móvel.

No Brasil, o 5G deve funcionar nas 26 capitais e no Distrito Federal, em julho de 2022 (crédito: reprodução)

Nuvem híbrida
A fim de acompanhar as expectativas dos usuários em direção a experiências mais tecnológicas, os provedores de serviços de comunicação estão posicionando-se como plataformas de nuvem híbrida, ou seja, como empresas capazes de combinar o âmbito privado com o público, por meio de softwares proprietários que permitem conexão entre si. “É uma forma de unir o novo ao legado”, afirma a executiva da IBM. Na prática, explica, isso permitirá com que as teles modernizem suas estruturas, de maneira gradual, em direção à plataformas virtualizadas e que suporte novos modelos de rede. Além disso, “como uma plataforma de nuvem híbrida, as operadoras tomam controle sobre a criação e monetização de novos serviços, protegendo sua posição na cadeia de valor da indústria”.

De acordo com a pesquisa “A Próxima Era das Telecomunicações”, realizada pela IBM Institute for Business Value (IBV), organização focada em questões gerenciais e econômicas enfrentadas por empresas e governos no mundo, e pela consultoria global Oxford Economics, 50% dos provedores de serviços de comunicações de alto desempenho acreditam que devem se tornar plataformas de nuvem estratégicas, que combinam um ecossistema de parceiros diversificado, e 59% concordam que devem se tornar nuvens seguras com IA (inteligência artificial) e automação. O estudo entrevistou, neste ano, 500 executivos globais do setor de telecom, distribuídos em 21 países. Para 71% dos CEOs (chief executive officers) de teles, a computação em nuvem é a tecnologia que mais ajudará na entrega de resultados, dentro dos próximos dois a três anos, para 61%, será o 5G.

Segurança e transparência
Para angariar a confiança dos clientes, 60% dos CEOs (chief executive officers) de empresas de telecomunicações acreditam que é preciso aprofundar-se na segurança e privacidade de dados, segundo o estudo “A Próxima Era das Telecomunicações”. Para Marisol, a transparência diante das informações dos clientes é um dos fatores fundamentais na evolução para a nuvem híbrida. “É preciso prover segurança a cada elemento que compõe a plataforma, como servidores, softwares e roteadores, por meio da adoção de uma metodologia de governança de segurança, que envolva pessoas e processos”, afirma. “Uma vez implantada a solução que provê a segurança de todo o ambiente, deve-se criar um sistema contínuo de monitoração de vulnerabilidades, o que garantirá a este ecossistema confiabilidade aos dados dos clientes”, adiciona.

Computação edge
À medida que as teles incorrem em enormes custos para se prepararem para a computação de borda habilitada para 5G, como licenciamento de espectro, construção de infraestrutura e gerenciamento em tempo real da plataforma, essas empresas vêem uma oportunidade crescente de gerar lucros: 91% dos provedores de serviços de comunicações de alto desempenho esperam superar suas expectativas financeiras atuais em cinco anos, como resultado do uso de computação edge. “Essas perspectivas podem ser superadas com a criação de novas aplicações, que aumentarão, diretamente, as receitas das operadoras”, diz a líder de serviços de consultoria para a indústria de mídia e telecomunicações da IBM para a América Latina. Essas novas aplicações serão criadas em função da capacitação técnica que o 5G trará para as estruturas das operadoras, por exemplo, com aplicações de baixa latência.

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