Publicidade

O impacto da conectividade e do 5G na mudança climática

Ganho de inteligência promete diminuir a ineficiência energética, enquanto empresas de tecnologia e teles firmam compromissos para um futuro carbono negativo

Taís Farias
29 de junho de 2021 - 12h50

Desde a abertura da edição 2021 do MWC, nesta segunda-feira, 28, um tema foi recorrente nos painéis e apresentações: a mudança climática e o impacto ambiental. Fosse  de maneira mais tímida ou em discussões dedicadas, o assunto apareceu no discurso das teles e techs ao falarem de seus planos. Nos últimos anos, a pressão da sociedade civil e de investidores tem levado as companhias a endereçarem de maneira cada vez mais pública seus esforços em sustentabilidade.

Lucas Joppa, chief environmental officer da Microsoft (Crédito: Reprodução)

Um desses exemplos é a Microsoft. Em janeiro do ano passado, a companhia anunciou um plano audacioso. A empresa se comprometeu a ser carbono negativa até 2030. Ou seja, pretende retirar mais gases nocivos da atmosfera do que produz. A novidade, no entanto, é que a Microsoft também prometeu remover do ambiente todo o carbono que a empresa emitiu diretamente ou por consumo elétrico desde que foi fundada, em 1975, até 2050.

Parte do plano inclui auxiliar os parceiros da cadeia de produção a reduzirem seu impacto ambiental e um investimento de US$ 1 bilhão para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de redução e remoção de carbono. “No último um ano e meio, a Microsoft passou por processo de estabelecer metas pensando em 2030, 2040 e 2050, onde o mundo e a Microsoft precisam estar em sustentabilidade. No fim das contas, nossos compromissos são formados por algumas afirmações básicas. Em 2030, a Microsoft se compromete a ser carbono negativa, água positiva, uma empresa lixo zero, que vai proteger mais a Terra do que usá-la”, afirmou Lucas Joppa, chief environmental officer da Microsoft.

Para a companhia, a tecnologia e a conectividade exercerão papel importante nessa missão. “Atingindo seus compromissos, a Microsoft ajuda o mundo a avançar em sua curva de maturidade e a todas as outras organizações a construírem suas próprias metas. Não estamos aqui para dizer que a tecnologia é a bala de prata para todos os desafios ambientes. Mas, sim, acreditamos que a tecnologia e, em particular, alguns avanços tecnológicos, serão fundamentais para o mundo atingir tais objetivos”, pontuou o CEO.

Nesse sentido, não é só inegável o papel da conectividade para a construção de um mundo mais sustentável, como há também a aposta de que o 5G será capaz de acelerar esse avanço. Atualmente, a economia usa os recursos energéticos de maneira bastante ineficiente ao redor do globo. A promessa é que, com a transformação causada pelo 5G, as indústrias se tornem mais inteligentes e conectadas. A partir do compartilhamento dos dados disponíveis entre máquinas e humanos, será possível otimizar as operações e minimizar a degradação do meio ambiente.

Exemplo no universo das teles
Apesar disso, o avanço para o 5G representa crescimento das redes e do tráfego. Por isso, as teles também estão olhando para suas próprias operações a fim de responder a demanda por mais sustentabilidade e menos emissão de carbono. A Deutsche Telekom, maior companhia de telecomunicações da Alemanha e da União Europeia, está atacando o problema e foi um dos cases do MWC. Presente em 50 países, a companhia promete atingir a neutralidade de carbono em suas próprias emissões em 2025 e total até 2040. Para isso, a empresa conta com programa de sustentabilidade que atravessa toda sua cadeia de valor.

As emissões de gases do efeito estufa são categorizadas pelo Greenhouse Gas (GHG) Protocol em três grupos ou escopos. O primeiro grupo cobre as emissões de fonte própria ou controlada de uma empresa. Já o escopo dois diz respeito às emissões indiretas de geração de eletricidade, vapor ou resfriamento adquiridos e consumidos pela companhia. Por fim, o escopo três inclui todas as emissões indiretas que ocorrem na cadeia de valor. Segundo a Deutsche Telekom, 85% de suas emissões estão incluídas nessa categoria.

Com esse problema em mãos, a companhia desenvolveu um eco rating, avaliação que mede o impacto ambiental de todo o processo de produção, uso e descarte do produto, que está sendo aplicado para todas as suas empresas parceiras. A análise observa categorias, como durabilidade, eficiência e impacto no clima. Além de selecionar seus parceiros, a tele apresenta isso como medida que ajuda os consumidores e a indústria a serem mais conscientes também.

Publicidade

Compartilhe

  • Temas

  • lucas joppa

  • deustsche telekom

  • microsoft

  • 5G

  • clima

  • mudança climática

  • MWC

  • mwc 2021

  • pegada de carbono

  • sustentabilidade

  • tecnologias

Patrocínio