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Redes híbridas: um futuro de valor

A implementação da 5G e os avanços para a 6G prometem revolucionar as mais variadas indústrias

Victória Navarro
28 de fevereiro de 2022 - 9h52

Em 2021, o digital tornou-se ferramenta. A tecnologia móvel deu vantagem competitiva às mais variadas esferas corporativas e de consumo. Com um investimento significativo em rede e um ecossistema de dispositivos em expansão, o valor do negócio encontra-se na interseção entre inovação de serviço e inteligência de rede. O salto para a 5G e os avanços para a 6G estão abrindo casos de uso que prometem revolucionar as indústrias. Nesta segunda-feira, 28, o Mobile World Congress (MWC), Bob Sternfeld, global managing partner da consultoria McKinsey & Company, Andy Penn, CEO da Telstra — maior companhia australiana da área de telecomunicações –, e Anne Chow, CEO do provedor de acesso e serviços à internet AT&T Business, abordaram a importância de criar propósitos alinhados aos novos hábitos de consumo. O maior evento da indústria, que acontece anualmente em Barcelona, reúne seminários, painéis e feira no Fira Grand Via, um dos mais modernos centros de eventos da Europa.

Bob Sternfeld, global managing partner da McKinsey & Company
A indústria de telecomunicações transformou a sociedade, ou seja, como cuidamos um do outro. E, há uma enorme criação de valor, daqui para frente. Há um potencial econômico a ser mantido. Devemos, por exemplo, impulsionar o crescimento na área da sustentabilidade. A sustentabilidade e a transição climática são um problema para a liderança da nossa geração. Afinal, 2 bilhões de pessoas estão online nesta década. É preciso proporcionar mais educação, acesso à saúde e às oportunidades das empresas. Porém, infelizmente, tudo isso não é fácil. Precisamos obedecer aos nossos modelos de organização. Vai exigir uma liderança.

Anne Chow, CEO da AT&T Business

Anne Chow, CEO da AT&T Business (crédito: Reprodução/MWC Live)

Se a nova era da conexão fosse um filme, a fibra seria a superpotência das fundações. A fibra é a solução que nossos clientes precisam para conexões sem fio e 5G. De certa forma, estamos investindo para construir uma rede de fibra integrada em escala. Hoje, a FirstNet, por exemplo, é uma tecnologia da AT&T que resolve desafios de comunicação para socorristas em jurisdições federais, estaduais e locais, por meio de uma rede dedicada e altamente segura. Além disso, a pandemia colocou em evidência o desafio que enfrentamos há décadas: As famílias não têm acesso à conexão ou devices, nos Estados Unidos. Com a Connect Learning Initiative, estamos investindo em inclusão digital. Ademais, o impacto da realidade aumentada fica evidente na saúde mental. A 5G levará os cuidados de saúde a um novo nível. Na AT&T, estamos explorando a inovação com empresas como IBM, Google e Salesforce. O futuro será preenchido com fibra e 5G. E que as redes híbridas transformarão a forma como vivemos, o mundo e a plataforma, de maneira profunda.

Andy Penn, CEO da Telstra

Andy Penn, CEO da Telstra (crédito: Reprodução/MWC Live)

Os recentes eventos na Ucrânia lembram como o cenário tecnológico, global e de comunicação precisam evoluir. O setor de telecomunicações é quem transforma a plataforma para o crescimento Estamos diante de uma crise existencial. Foi no início dos anos 1950 que surgiu a primeira comunicação telegráfica, na Austrália. Quando me tornei CEO, sabia que precisávamos de uma transformação. O governo australiano nacionalizou uma rede e enfrentamos uma redução de US$ 3,5 bilhões. Eles não conseguiam enxergar além do legado e da complexidade da realidade. As tecnologias eram ultrapassadas, os sistemas eram difíceis demais, havia muitos clientes para apontar. 

Hoje, já há 5G em quase 80% do país. Precisávamos fazer o mesmo com a nossa posição financeira. A alocação de recursos tornou-se baseada em missões. Temos a maior força mundial ágil do país. A Telstra, hoje, é diferente de quando começamos. Muitas empresas de tecnologia estão ocupadas criando visões acerca da inteligência artificial. A visão mais promissora em torno disso leva anos para acontecer. Precisamos desenvolver novas habilidades e capacidades. Quando olhamos para o futuro e a banda de latência, precisamos de todas as tecnologias. O trabalho híbrido é um exemplo de como começar a tomar atitudes digitais. O trabalho é uma coisa que o colaborador faz por nós, não um lugar para onde vamos. Há a ciber geopolítica ainda como tendência final. Muitos países e redes são ataques constantes. 

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