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Em crescimento, indústria móvel assume responsabilidades sustentáveis

Com cerca de 5.3 bilhões de assinantes, o setor contribuirá com a melhoria do acesso à educação e à saúde, pobreza e desigualdade

Victória Navarro
2 de março de 2022 - 9h38

O impacto do serviço móvel na sociedade só cresce. E a pandemia da Covid-19 deixou isso evidente. A conectividade tornou-se vital na comunicação entre pessoas e na operação segura das empresas. Segundo dados da GSMA Intelligence, focada em trazer à tona insights sobre a indústria de telecomunicações, cerca de 5.3 bilhões (dois terços da população mundial) de pessoas assinam serviços móveis. A maioria dos adultos possui um telefone celular, o que significa que o crescimento futuro virá de populações mais jovens, que adquirão, pela primeira vez, serviços móveis. Até 2025, haverá mais de 400 milhões novos assinantes, o que elevará o total para 5.7 bilhões (70% da população global). A maioria virá da África do Sul e da África Subsaariana, duas regiões com uma significativa porcentagem de jovens.

Covid-19 e o impacto econômico
Por conta da pandemia, algumas medidas adotadas para conter a propagação do vírus afetaram a economia global. Durante esse período, a indústria móvel permitiu que muitas atividades continuassem, mitigando o impacto das restrições sociais na produção econômica. No ano passado, de acordo com a GSMA, tecnologias e serviços móveis geraram US$ 45 trilhões em valor agregado — 5% do Produto Interno Bruto global. Esse número deve crescer de US$ 400 bilhões a US$ 5 trilhões, até 2025, à medida que os países se beneficiam, cada vez mais, das melhorias de produtividade e de eficiência provocadas pelo aumento da adesão aos serviços móveis.

À medida que o mundo transita para uma fase de recuperação econômica pós-pandemia, a tecnologia móvel desempenhará um papel ainda mais crucial na facilitação de novos modelos de negócios para empresas e de experiências digitais para consumidores. O 5G beneficiará todos os setores da economia global, como administração pública, finanças, educação, saúde e manufatura. Até 2030, as atualizações para a quinta geração de telefonia móvel e os novos serviços habilitados pela 5G adicionarão mais de US$ 600 bilhões, anualmente, à economia global. Isso representará aproximadamente 21% do crescimento de renda esperado na próxima década, em todas as indústrias e setores.

Em prol de um desenvolvimento mais sustentável
A Covid-9 desacelerou o progresso dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda da Organização das Nações Unidas (ONU), em todo o mundo, exacerbando as desigualdades sociais e econômicas existentes. Em meio às restrições de lockdown e às medidas de distanciamento social, as pessoas confiaram nas redes móveis para permanecer conectadas. Isso, segundo a GSMA, explica em parte por que a adoção de dispositivos móveis continuou a aumentar durante a pandemia, apesar do lento crescimento econômico e dos efeitos negativos sobre a renda do consumidor. O governo e as partes interessadas estão renovando seus esforços para alcançar os ODS e a tecnologia móvel desempenhará um papel central nas metas, desde a melhoria do acesso à educação e à saúde até o tratamento de questões como pobreza e desigualdade. Enquanto isso, as operadoras móveis estão investindo, cada vez mais, em soluções de economia de energia para reduzir as emissões e apoiar a transição global para uma economia de carbono zero. 

Até 2030, o 5G adicionará mais de US$ 600 bilhões, anualmente, à economia global (crédito: Victória Navarro)

O gap de uso
As populações desconectadas correm o risco de serem excluídas das ofertas de serviços online. Enquanto o gap de cobertura para redes de banda larga móvel encolheu de um terço da população global para apenas 6% na última década, a adoção não manteve o ritmo — há uma lacuna significativa de uso, que é de 3,2 bilhões de pessoas (41% da população mundial). Há várias razões para isso e que variam de acordo com a região. Geralmente, de acordo com os dados da GSMA, estão relacionadas à falta de acessibilidade, relevância, conhecimento e habilidades, além de preocupações com segurança. Para melhorar essa situação, é preciso que operadoras móveis governamentais, fabricantes de dispositivos e criadores de conteúdo digital entrem em ação.

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