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Cannes Lions

20 A 24 DE JUNHO DE 2022

NFTs: o que são e como vão tornar tudo comercializável

Selo de autenticidade vai abrir um novo mercado para monetização de conteúdo e ações sobre produtos

Thaís Monteiro
24 de junho de 2021 - 17h27

NFTs é um conceito novo na indústria e o Cannes Lions garantiu que ele estivesse em discussão nesta edição do festival. NTF é a sigla para token não fungível e se trata de uma assinatura digital e pública que autentica a posse de algo, seja ele um produto físico ou digital, como um documento. Esses NFTs são comercializados por criptomoeda. Criadores de conteúdo, então, podem autenticar sua produção de conteúdo e comercializá-las para um indivíduo ou criar ações para o produto. Isso facilita a monetização sobre a criação e restringe sua cópia inautêntica, além de o produto ganhar um valor de exclusividade e colecionável.

(Crédito: Divulgação/Cannes Lions)

No painel “O que os NFTs realmente significam para a indústria publicitária?”, oferecido pela VaynerMedia, Gary Vaynerchuk, CEO e co-fundador da VaynerMedia, em entrevista para a jornalista Kara Swisher, definiu os NTFs como a terceira revolução da Web, a monetização da propriedade intelectual. Empreendedor nessa área, ele exemplificou o uso de NTFs em algumas situações fictícias: um artista que tem uma comunidade decide lançar um álbum e cria 100 NFTs, quem adquirir vai ter uma porcentagem das vendas do álbum, o que gera valor para o NFT e posteriormente o comprador pode vender o NFT como colecionável. Ou então um desenhista torna uma arte um NFT e 40 pessoas se tornam donas da arte. Quando o artista fizer uma exposição, essas pessoas poderão entrar na exposição de forma gratuita pois são donas.

A arte foi o segmento encabeçou o universo dos NFTs por se tratar de um mercado onde o comportamento colecionador é inerente e as transações de peças já estavam ocorrendo digitalmente. Posteriormente, ele se expandiu para o universo de colecionadores de quadrinhos e figuras de ação.

De acordo com o executivo, empresas podem ganhar royalties sob seus produtos que podem virar colecionáveis. “Se eu tenho o aplicativo de pontos do Starbucks e, em algum momento, eu parar de consumir os produtos da marca, ao invés do app se tornar inútil, eu poderia vender ele por US$ 23 dólares porque alguém poderia querer a utilidade dele e o seu atributo colecionável. Tudo vai virar um asset, inclusive a utilidade. E aí as empresas podem ter royalties”, afirmou. “Outro exemplo: as whristbands do primeiro Choachella estão a venda no Ebay. No futuro, o Choachella vende e todos conseguem ter um pedaço disso”, disse.

A razão da ascensão dos NFTs é seu aspecto colecionável. Para Gary, todos colecionamos cultura pop e as marcas fazem parte disso, pois há canecas raras do Starbucks sendo comercializadas no Ebay. “Vai ter alguém no mundo que vai querer ser dono do pedido 77777 do Starbucks”, insinuou. “Alguém já te pediu um cartão de crédito para comprar algo no Roblox, no Fortnite, comprar cabras no Farm Vile? Por que eles querem isso? Para se tornarem bons jogadores? Por que? Porque as pessoas precisam se comunicar por outras coisas além das suas palavras. É uma carteira pública”, explicou.

Por ser uma carteira pública, isso também significa que pessoas com NFTs vão se vangloriar de suas posses. Para Vaynerchuk, da mesma forma que hoje vemos um palestrante e procuramos suas redes sociais, no futuro as pessoas vão buscar a carteira pública das pessoas com quem cruzam com uma espécie de verificação que acontece nas redes sociais ou para ver como aquela pessoa se expressa através de suas aquisições. “Seus assets vão ser uma moeda social”, indicou.

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