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O que esperar deste South by Southwest?

Online, o festival de criatividade e inovação contará com painéis e sessões, apresentações, exibições e networking entre os participantes

Victória Navarro
12 de março de 2021 - 12h02

Alguns meses após o cancelamento do festival de criatividade e inovação South by Southwest (SXSW) de 2020, a New York Magazine reportou que Austin, no Texas, teria sido um pólo de contaminação internacional, caso o evento tivesse acontecido. Neste 2021 e ainda sob os efeitos da pandemia da Covid-19, o SXSW acontecerá no ambiente online, de 16 a 20 deste março. O evento contará com painéis e sessões, apresentações, exibições e networking entre os participantes. Ademais, a edição trará à tona experiências de realidade estendida (XR), capaz de transportar o público para a cidade sede do evento.

O South by Southwest acontecerá no ambiente online, de 16 a 20 deste março (crédito: divulgação)

Em conversa com o Meio & Mensagem, André França, vice-presidente de mídia e dados da WMcCann, Inaiara Florêncio, sócia e diretora de criação da Adventures, e Pedro Waengertner, cofundador da Ace Startups, contam como vão acompanhar o conteúdo deste SXSW, a mudança de comportamento dos consumidores diante da pandemia e como tirar ainda mais proveito do festival. Confira:

Meio & Mensagem – Como você tem se preparado para acompanhar palestras, apresentações e atrações?
André França – As expectativas para o evento deste ano estão bem altas, por serem dois anos acumulados de inovação. Os diversos eventos que migraram para o formato online já serviram como um treinamento para entender as melhores maneiras de aproveitar ao máximo todo o conteúdo disponível, o que também ajudará com o SXSW. Sem dúvida, será um festival muito dinâmico, apesar da distância, por isso estou separando temas e me organizando para conseguir acompanhar o evento ao máximo. Talvez, o fato de ser online seja até positivo no sentido de conseguir filtrar e acompanhar exatamente o que considero mais relevante, além de poder assistir, sem as famosas filas do festival, a uma quantidade maior de conteúdo.

Meio & Mensagem – Dado que a principal atração do evento é, justamente, a movimentação gerada entre os visitantes que vão para Austin por conta da inovação, criatividade, música, entretenimento e networking, neste 2021, o que, de fato, vem atraindo o público?
Inaiara Florêncio – 2020 foi um ano que colocou o mundo de cabeça pra baixo. Recentemente, completamos um ano de isolamento social. Isso sem dúvidas impactou na maneira de nos relacionarmos, trabalharmos, consumirmos conteúdo e, inclusive, na forma como participamos de eventos como esse. Durante a pandemia, as empresas, as equipes de marketing e as agências de publicidade precisaram se reinventar, para manter seus negócios e criar uma comunicação com relevância para o momento que estamos vivendo. Mais do que enfrentar, foi necessário se abrir a novas possibilidades para aproveitar também as oportunidades. O público segue sendo o mesmo, com a diferença que o online pode democratizar o acesso de mais pessoas. Para manter o dinamismo nesse formato, é importante ter a possibilidade de interagir com público, usar hashtags no Instagram, criar desafios, bem como explorar realidade aumentada, mapas virtuais, etc. É unir a criatividade e entretenimento com as tecnologias disponíveis, para oferecer experiências que aproximem as pessoas de uma sensação real e única.

Meio & Mensagem – A pandemia estimulou a transformação de eventos em, cada vez mais, digitais. De modo geral, quais foram as consequências do Covid-19 no comportamento dos consumidores?
Pedro Waengertner – É um bom momento para reinventar o conceito de festival, uma vez que, imagino eu, retomar os grandes eventos com um enorme volume de pessoas ainda pode estar distante. Temos um público numa situação nunca vivida por essa geração. Tudo isso vai ser um teste, porque o SXSW de 2021 contará com sua audiência mais complicada da história: o público, em grande parte, está em algum grau de isolamento e inquieto por conta do cenário atual. Por outro lado, o formato totalmente digital quebra uma porção de barreiras, o que pode democratizar o conteúdo e até apontar para novas formas de conectar mentes criativas ao redor do planeta. De alguma forma, o formato digital possibilita uma maior participação de pessoas com agendas cheias ou facilita uma parte da logística. Entendendo essa necessidade e evolução do mercado, organizadores de grandes feiras correram atrás de se digitalizar e até montar plataformas online próprias.

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