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O futuro é sobre criadores de conteúdo

Streamer Tyler Blevins (Ninja) falou sobre o desenvolvimento de sua carreira e deu dicas às pessoas que desejam virar streamers profissionais

Amanda Schnaider
11 de março de 2022 - 23h36

Com 30 anos e 67 milhões de fãs em todo o mundo nas redes sociais, Tyler Blevins, mais conhecido como Ninja, passou de jogador casual na sala de casa com os irmãos a um dos maiores streamers do mundo em pouco tempo. Atualmente, ele conta com 17,5 milhões de seguidores na Twitch, plataforma de streaming da Amazon. 

Após ter feito uma live, em 2018, jogando Fortnite ao lado do rapper Drake e do wide receiver do Pittsburgh Steelers Juju Smith-Schuster, Ninja estourou a bolha dos games, conquistando fãs em todo o mundo. A live alcançou a marca de 650 mil usuários simultâneos. De lá para cá, ele se tornou o primeiro streamer a obter uma skin exclusiva no jogo da Epic Games e o primeiro jogador profissional a estampar a capa da ESPN The Magazine.

Jessica e Tyler Blevins falaram sobre a carreira de Ninja e o futuro dos streamers (Crédito: Amanda/Schnaider)

Ao lado de sua esposa e manager, Jessica Blevins, Ninja esteve no SXSW na tarde desta sexta-feira, 11, falando sobre sua carreira, sua relação com as marcas e dando dicas para aqueles que pretendem trabalhar como streamer.  

“Meu pai estava por dentro dos jogos, trazia jogos para dentro da nossa casa. Eu comecei a jogar todos os dias com os meus irmãos, comecei a competir em video games quando o Halo foi lançado”, explica. Original de Detroit, no Michigan, Ninja começou sua carreira no universo dos games jogando Halo competitivo, porém, foi no Fortnite que se destacou, justamente na live com Drake. “Foi meu grande sonho se tornando realidade”.

Jessica, que está ao lado do streamer desde o começo de sua carreira, o ajudou ao longo desses anos a lidar com a profissão. “Passamos por diversas decisões e com menos idade tivemos que decidir o que significava mais para nós”, reforça. Ela ainda ressalta que Tyler tinha dúvidas no começo justamente por ser um dos primeiros nessa indústria, mas que estão gratos que os games estejam se tornando mainstream agora. “Jogos sempre estiveram aqui só não eram aceitos”, complementa Ninja, reforçando que os games ganharam ainda mais relevância durante a pandemia justamente por trazer um ambiente positivo e saudável. 

Para ajudar aquelas pessoas que estão pensando em se tornar streamers também, Ninja pontuou que para manter a audiência na Twitch é preciso ser consistente, fazer lives todos os dias e se comunicar sempre com o seu público. Ainda destacou que há espaço para todos os tipos de streamers, não só de games, como de outras coisas como cozinha e esportes tradicionais. “O futuro é sobre criadores de conteúdo”, comentou, ressaltando que isso, sob certo ponto de vista, é bem assustador, porque as pessoas não sabem o valor que elas têm. 

Durante a palestra ele também falou sobre sua relação com as marcas, ressaltando que é preciso haver alinhamento entre seus próprios valores e os das empresas para as quais trabalha. “Nunca apoiaria algo que não uso ou curto. Se eu não gostar eu não faço, não importa o valor”, enfatizou. 

Por fim, Tyler afirmou que não se vê jogando por mais dez anos. Atualmente, ele está de olho em Hollywood para contar histórias para os fãs de jogos e cultura da internet. Um exemplo é a sua participação especial em Free Guy, estrelado por Ryan Reynolds, e sua participação no Masked Singer. 

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