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Comunicação

Profissionais “fogem” para o interior

Calmaria de cidades paulistanas tem atraído cada vez mais publicitários em busca de qualidade de vida


6 de abril de 2016 - 16h14

Carolina Barioni e Daniella Borges saíram de grandes agências paulistanas para trabalhar na Verbo Comunicação, em Sorocaba

Carolina Barioni e Daniella Borges saíram de grandes agências paulistanas para trabalhar na Verbo Comunicação, em Sorocaba

A tranquilidade do interior de São Paulo tem motivado profissionais como Carolina Barioni a deixar a capital, onde trabalhava há mais de quatro anos na Wunderman, agência digital do Grupo Newcomm. Hoje ela é gestora de RH da Verbo Comunicação, em Sorocaba, e é exemplo de um movimento crescente entre as empresas de comunicação. A Verbo, em especial, se tornou um polo de atração desde que ganhou o Melhores Agências de Comunicação para se Trabalhar, promovido pelo Great Place to Work, em 2014, na categoria geral, de 30 a 99 colaboradores.

Daniella Borges seguiu os mesmos passos. Com 17 anos de experiência no mercado, assumiu a gestão de planejamento da Verbo após passar pela Full Jazz, Leo Burnett, Isobar e Agência Ráh (antiga D2B Comunicação). “O mercado do interior ainda é incipiente se comparado ao de São Paulo, portanto existem muitas oportunidades para quem procura se aperfeiçoar”, diz Daniella.

Também guiados por novas oportunidades, Rafael Oliveira (ex-Publicis Red Lions) e Ivan Romanini (ex-Milk Comunicação), migraram para o interior paulista. Desde 2013, Rafael é diretor de arte da House Criativa, agência de Bauru. “Aqui é possível acompanhar o projeto desde seu nascimento até o momento em que vai pra rua”, destaca.

Já Romanini nasceu em Piracicaba e após realizar o sonho de trabalhar em uma agência da capital paulista, percebeu que o interior também reservava um mercado promissor. Em 2007, montou sua própria agência, a Sim Propaganda. “Além da grande demanda de trabalho, nada paga estar ao lado da família”, explica.

Outras agências, como a Publi 9 e a MIB (ambas de São José do Rio Preto) e a Urso, de Jundiaí, têm registrado movimentos semelhantes. Quando não é a movimentação de profissionais, é a procura de verbas nacionais de mídia por agências do interior. Recentemente, a Atua, de Sorocaba, conquistou a conta da Magnus, terceiro maior produtor de alimentos para cães e gatos do Brasil, chegando a exportar para países vizinhos.

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