Em nova fase, Dogs Can Fly dá ênfase a conteúdo

Isabella Lessa
12 de abril de 2016 - 18h22

Os sócios da Dogs Can Fly Content Co: Ricardo Whately, Alexandre Grynberg e Zé Henrique

Desde que deixou a liderança da operação e atendimento do escritório da NBS em São Paulo em julho do ano passado, Alexandre Grynberg dedicou-se a cursos de roteiro e audiovisual no País e no exterior. A experiência e o desejo de unir comunicação, entretenimento e tecnologia culminou em seu ingresso na produtora de José Henrique Caldas e Ricardo Whately, a Dogs Can Fly Content Co.

“Houve timing no nosso encontro, pois o Zé e o Ricardo estavam repensando o futuro da Dogs Can Fly e eu queria entender melhor o universo da produção e do conteúdo. E eu entro com minha experiência em atendimento e novos negócios”, conta Grynberg.

A nova nomenclatura simboliza a fusão das empresas do grupo em apenas uma operação, dividida em quatro unidades de negócios: Brand Solutions, focada em projetos que envolvem marcas; Entertainment, voltada para formatos e propriedades intelectuais originais, como séries, longa-metragens e documentários; Animation, direcionada para projetos em 3D, 2D e VR (realidade virtual) e Licensing, que trabalha a distribuição de conteúdo e entretenimento nas diversas plataformas de comunicação (emissoras e veículos digitais) e administra os direitos do licenciamento de produtos de consumo dessas propriedades intelectuais.

Além dessa reorganização, a empresa passa a contar núcleo estratégico liderada pelos três sócios: Grynberg à frente da área estratégica e desenvolvimento de negócios; Whately na liderança da criação e planejamento de projetos e Zé Henrique no comando da distribuição e licenciamento. “Nosso interesse está na interseção dessas áreas. Quando fazemos um projeto para uma marca, uma animação, por exemplo, pode virar propriedade intelectual e licenciamento”, afirma Grynberg.

Entre os projetos em andamento, a Dogs Can Fly está finalizando a pós-produção do filme “Story of Jesus”, realizado com tecnologia de realidade virtual em 360º. Rodado em Matera, na Itália, o longa é um projeto da Sony Features com a Panorama e deve ser lançado em dezembro de 2016. A produtora também adquiriu os direitos de distribuição e licenciamento da série infantil “Masha e o Urso”, que conta com 15 bilhões de views no YouTube, para toda América Latina. Desde que assinou o contrato com a Animacord, estúdio russo proprietário do desenho, a DCF firmou 20 contratos de licenciamento de produtos na região latina, e cinco contratos com a indústria de brinquedos, entre eles a Estrela. A empresa também é responsável pela distribuição da atração na Televisa do México e no Netflix nos EUA e Canadá, além de contratos com distribuidores de DVD e produtores de apps móveis.