Entenda o que levou o McDonald´s a se desculpar

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Comunicação

Entenda o que levou o McDonald´s a se desculpar

No Reino Unido, marca foi criticada por veicular um vídeo que narra a história de um garoto órfão


18 de maio de 2017 - 8h18

O McDonald´s do Reino Unido pediu desculpas, na última terça-feira, 16, por um comercial. O vídeo criado pela Leo Burnett London foi retirado do ar após repercussão negativa. No filme, um garoto órfão tenta encontrar elementos que o conecte ao pai falecido. Sem sucesso, ele só encontra algo em comum em um restaurante da rede quando descobre que seu pedido era o favorito do pai. Em entrevista à BBC, um porta-voz da empresa disse que o objetivo era mostrar o “papel que o McDonald’s tem no dia-a-dia de seus clientes”.

Diante de outras campanhas recentes saindo do ar após repercussão negativa – há alguns dias, um filme de Skittles deixou de ser veiculado também por repercutir negativamente -, Sérgio Lage, professor de antropologia do consumo e consumer insights dos MBAs da ESPM, questiona onde está a falta de conexão das marcas com a sociedade: “nas agências ou dentro das áreas de marketing?”.

“Mais uma vez não percebem que as marcas pertencem cada vez mais aos consumidores e que se querem colocar o consumidor no centro da comunicação, precisam ter mais sensibilidade.O anúncio já foi retirado do ar no Reino Unido, mas mostra mais uma vez que as audiências estão atentas”, diz Lage. A veiculação foi feita em ocasião do Dia dos Pais que ocorre em junho, na Inglaterra.

Muitas das reclamações geradas nas redes sociais remetem “à falta de sensibilidade da marca”. “Certos temas e certas empresas se querem usar de uma forma de humor mais sarcástico precisam mensurar antes o efeito negativo que podem causar. Muitos criativos não estão comprometidos com o business e a marca do cliente. Parecem estar mergulhados em outra realidade”, ressalta.

“O McDonald’s ocupa um espaço importante na memória afetiva de gerações de pais e filhos e não deveria retratar de forma tão dura e insensível conexões e memórias familiares. Cada vez precisamos ter mais cuidado para tratar certos temas. Mesmo o humor inglês precisa prestar mais atenção aos gaps entre a porta da agência e a porta da casa das pessoas”, reforça.

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