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Criticada na internet, Calvin Klein pede desculpas por anúncio
Vídeo que mostrava beijo entre Bella Hadid e influenciadora virtual Lil Miquela foi considerada oportunista pela comunidade LGBTQ+
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Meio & Mensagem
21 de maio de 2019 - 6h00
A publicidade da Calvin Klein sempre foi provocadora. Nos anos 1990, várias modelos ficaram famosas depois de aparecerem de topless nos anúncios da marca (entre elas, a top Kate Moss). Ações assim também já trouxeram à marca acusações como a de glamorizar o uso de drogas ou fazer alusão à pornografia infantil.
Agora, outra estratégia de marketing da Calvin Klein volta a gerar debate. Um anúncio veiculado nas mídias sociais da marca nos Estados Unidos, que mostrava um beijo entre a modelo Bella Hadid e a influenciadora virtual Lil Miquela (que existe apenas no Instagram, onde acumula mais de 1,5 milhão de seguidores), gerou muitas críticas entre os consumidores e obrigou a marca a fazer um posicionamento oficial, desculpando-se pela escolha.Logo após o vídeo ter ido ao ar, na semana passada, a Calvin Klein foi acusada de praticar “queerbaiting”, termo utilizado para explicar uma estratégia midiática que faz uso de elementos, como personagens ou situações que chamam a atenção do público LGBTQ+, de forma não genuína. Nesse caso, as críticas se apoiam no fato de que Bella Hadid, a modelo escalada para a campanha, ser declaradamente heterossexual. Na cena, enquanto interage com a influenciadora virtual – e a beija – Bella diz, em uma narração, a frase: “Viver é abrir portas, criar novos sonhos que você nem sabia que poderiam existir”. Assista:
Após as críticas, a Calvin Klein foi ao Twitter para se desculpar, destacando que o conceito da campanha tinha a intenção de promover a liberdade de expressão para uma ampla gama de identidades e que o beijo entre a modelo e a influenciadora virtual foi inserido para “desafiar os estereótipos convencionais da publicidade”.
“Nós entendemos e reconhecemos que uma pessoa que se identifica como heterossexual beijar outra do mesmo sexo pode ser percebido como queerbaiting. Como uma companhia com longa tradição em militar pelos direitos LGBTQ+, certamente não foi nossa intenção deturpar a representação da comunidade LGBTQ+”, escreveu a Calvin Klein, em seu perfil oficial no Twitter. A peça publicitária faz parte da campanha “I Speak My Truth in #MyCalvins”.
Com informações do Advertising Age
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