Os 3 principais desafios para a cocriação global

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Comunicação

Os 3 principais desafios para a cocriação global

Campanha global da Heineken foi cocriada por três escritórios da Publicis e exigiu cuidados específicos, conta Domenico Massareto, CCO da agência no Brasil

“É preciso se adaptar a um novo processo que começa solitário e que conta com o apoio limitado de plataformas de troca remota. A colaboração criativa remota dá sinais de que chegou para ficar”, diz Domenico Massareto, CCO da Publicis Brasil (Crédito: Divulgação)

Na semana passada, a Publicis lançou o filme “Empty Bars”, um desdobramento da ação “Brinde do Bem”, iniciada pela Heineken em abril, que convida as pessoas a comprarem uma bebida agora para beberem depois, em uma mesa de bar, assim que os estabelecimentos reabrirem.

O trabalho (mais detalhes no final desta nota) está sendo veiculado em 20 países, mas a divulgação começou pelo Brasil. Cocriado e coproduzido por Publicis Brasil, Publicis Itália e Publicis Poke (Reino Unido), o projeto exigiu criatividade não somente para o projeto em si, mas para contornar a limitação de produção e processos de trabalhos impostas pelo isolamento, conta Domenico Massareto, CCO da Publicis Brasil.

Para ele, há três pontos sensíveis a serem considerados em projetos globais neste período de pandemia:

1) Fusos x home office
O trabalho de casa apresenta de forma natural o desafio de saber a hora de parar de trabalhar e ativar a consciência de que se está em casa e é preciso descansar. Entretanto, projetos globais trazem a variável do fuso horário distinto pra cada país, então é preciso atenção redobrada para que o trabalho não avance nos horários reservados para cuidar de nós mesmos, das nossas casas e das nossas famílias.

2) Troca de arquivos
A troca de arquivos pode ser um problema: não são mais dois ou três escritórios com conexões sólidas e estáveis à internet, mas dezenas de casas com qualidade de acesso desconhecida à rede. Muitas pessoas sofrem com instabilidades e acabam por vezes nem conseguindo acessar alguns arquivos mais pesados, o que impacta diretamente o processo de trabalho e os caminhos convencionais de aprovação e validação de materiais.

3) Adaptação remota
O maior impacto criativo é o local: criar requer discussões contínuas em grupo e se antes os times podiam debater local e presencialmente suas sugestões antes de dividir com outros países, agora é preciso se adaptar a um novo processo que começa solitário e que conta com o apoio limitado de plataformas de troca remota. A colaboração criativa remota dá sinais de que chegou para ficar – mesmo que não substituindo 100% do processo tradicional no futuro – e nos adaptaremos todos antes do que imaginamos.

Sobre a campanha
“Don’t You Forget About Me”, do Simple Minds, garante os ares nostálgicos do comercial: palavras-chave do maior hit da banda escocesa aparecem sobre letreiros neon, juke-boxes e balcões, como se esses elementos inanimados dos bares – fechados há semanas por conta da pandemia – ganhassem vida e pedissem aos frequentadores para não serem esquecidos.

“Trata-se de uma campanha internacional, o ideal seria o uso de uma música globalmente conhecida. Depois de discutirmos possibilidades, acabamos ficando com a sugestão do time italiano”, comenta Domenico. De acordo com o criativo, a ideia do filme foi passar uma mensagem sobre ressignificar espaços. “Se nossas casas se tornaram o lugar de tudo, os outros espaços que frequentávamos antes deixam lacunas que estão sendo quantificadas do ponto de vista da sua importância e presença prévia em nossas vidas”, diz.

No final do vídeo, a frase “bares precisam de vida tanto quanto a vida precisa de bares” é emendada pelo convite à iniciativa, cujo intuito é dar auxílio financeiro aos bares para que possam manter empregos e salários em dia durante a pandemia. Os consumidores podem doar valores sugeridos pelo projeto e resgatar a quantia em consumação quando os estabelecimentos voltarem às atividades.

*Crédito da imagem no topo: Divulgação


29 de abril de 2020 - 6h00

“É preciso se adaptar a um novo processo que começa solitário e que conta com o apoio limitado de plataformas de troca remota. A colaboração criativa remota dá sinais de que chegou para ficar”, diz Domenico Massareto, CCO da Publicis Brasil (Crédito: Divulgação)

Na semana passada, a Publicis lançou o filme “Empty Bars”, um desdobramento da ação “Brinde do Bem”, iniciada pela Heineken em abril, que convida as pessoas a comprarem uma bebida agora para beberem depois, em uma mesa de bar, assim que os estabelecimentos reabrirem.

O trabalho (mais detalhes no final desta nota) está sendo veiculado em 20 países, mas a divulgação começou pelo Brasil. Cocriado e coproduzido por Publicis Brasil, Publicis Itália e Publicis Poke (Reino Unido), o projeto exigiu criatividade não somente para o projeto em si, mas para contornar a limitação de produção e processos de trabalhos impostas pelo isolamento, conta Domenico Massareto, CCO da Publicis Brasil.

Para ele, há três pontos sensíveis a serem considerados em projetos globais neste período de pandemia:

1) Fusos x home office
O trabalho de casa apresenta de forma natural o desafio de saber a hora de parar de trabalhar e ativar a consciência de que se está em casa e é preciso descansar. Entretanto, projetos globais trazem a variável do fuso horário distinto pra cada país, então é preciso atenção redobrada para que o trabalho não avance nos horários reservados para cuidar de nós mesmos, das nossas casas e das nossas famílias.

2) Troca de arquivos
A troca de arquivos pode ser um problema: não são mais dois ou três escritórios com conexões sólidas e estáveis à internet, mas dezenas de casas com qualidade de acesso desconhecida à rede. Muitas pessoas sofrem com instabilidades e acabam por vezes nem conseguindo acessar alguns arquivos mais pesados, o que impacta diretamente o processo de trabalho e os caminhos convencionais de aprovação e validação de materiais.

3) Adaptação remota
O maior impacto criativo é o local: criar requer discussões contínuas em grupo e se antes os times podiam debater local e presencialmente suas sugestões antes de dividir com outros países, agora é preciso se adaptar a um novo processo que começa solitário e que conta com o apoio limitado de plataformas de troca remota. A colaboração criativa remota dá sinais de que chegou para ficar – mesmo que não substituindo 100% do processo tradicional no futuro – e nos adaptaremos todos antes do que imaginamos.

Sobre a campanha
“Don’t You Forget About Me”, do Simple Minds, garante os ares nostálgicos do comercial: palavras-chave do maior hit da banda escocesa aparecem sobre letreiros neon, juke-boxes e balcões, como se esses elementos inanimados dos bares – fechados há semanas por conta da pandemia – ganhassem vida e pedissem aos frequentadores para não serem esquecidos.

“Trata-se de uma campanha internacional, o ideal seria o uso de uma música globalmente conhecida. Depois de discutirmos possibilidades, acabamos ficando com a sugestão do time italiano”, comenta Domenico. De acordo com o criativo, a ideia do filme foi passar uma mensagem sobre ressignificar espaços. “Se nossas casas se tornaram o lugar de tudo, os outros espaços que frequentávamos antes deixam lacunas que estão sendo quantificadas do ponto de vista da sua importância e presença prévia em nossas vidas”, diz.

No final do vídeo, a frase “bares precisam de vida tanto quanto a vida precisa de bares” é emendada pelo convite à iniciativa, cujo intuito é dar auxílio financeiro aos bares para que possam manter empregos e salários em dia durante a pandemia. Os consumidores podem doar valores sugeridos pelo projeto e resgatar a quantia em consumação quando os estabelecimentos voltarem às atividades.

*Crédito da imagem no topo: Divulgação

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