Taís Farias
1 de junho de 2022 - 15h54

NFTs, Web3, DAOS, metaverso – esses conceitos não saem dos noticiários de inovação e são objeto de desejo de marcas, agências e organizações. No palco do evento ProXXima, nesta quarta-feira, 1º, Catarina Papa, co-fundadora da Rito.CC e da Unblock Capital, e Marcelo Marciano, estrategista digital sênior da CI&T, mostraram como a descentralização é o ponto central que atravessa todas essas siglas. “Todas as minhas ações e decisões estratégicas podem vir a ser descentralizadas”, destaca Catarina sobre o futuro na Web3.

 

Mas, ainda que possam parecer novos, Marcelo garante que a essência desse conceito é bastante conhecida. “Nós temos a sensação de que é precisa correr muito rápido para chegar lá. Vale dizer que, quando falamos de centralização, há o elemento da distribuição”, aponta Marciano. Essa distribuição já começava a ser traçada, há vinte anos, quando as pessoas começaram a acessar a possibilidade de salvar e fazer uploads de suas fotos, por exemplo.

“Muito conteúdo já vem da ponta e vai para esse canal centralizado, que ajuda a levar à algum nível de escala”, explica o estrategista digital sênior da CI&T. Por canal centralizado, o executivo aponta o papel das big techs, por exemplo, que se beneficiam em seus jardins murados do conteúdo desenvolvido pelos usuários.

Métricas e segurança  

Ao olhar para os desafios dessa entrada em um mundo descentralizado, Marcelo destaca que é preciso rever os parâmetros de sucesso de uma ação nesse momento de transição. “Não estamos falando de uma nova internet.  Web3, enquanto conceito, é uma nova economia”, aponta o executivo. Ele fala que, hoje, não é possível buscar métricas como ROI, por exemplo, mas sim olhar para o real objetivo dessa mudança. “Descentralização em alguma medida é empoderamento”, garante o estrategista digital sênior da CI&T. Os executivos ainda fazem uma ressalva sobre segurança. “A grande mudança pra mim é começar a pensar essas leis na primeira pessoa”, afirma Catarina Papa.