As estratégias de comunicação de Gabriela Prioli

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As estratégias de comunicação de Gabriela Prioli

Profissional fala sobre as particularidades do seu trabalho nas área de entretenimento, política e influência


2 de junho de 2022 - 13h46

(Crédito: Eduardo Lopes/Imagem Paulista)

Ao fim do primeiro dia do ProXXIma 2022, Gabriela Prioli subiu ao palco para ser entrevistada pelos editores do Meio & Mensagem, Isabella Lessa e Sérgio Damasceno. Advogada, influenciadora e apresentadora, a forma como a profissional transita entre diferentes áreas foi o primeiro assunto abordado pelos mediadores.  

Gabriela diz que não modula o tom do seu discurso de acordo com o assunto ou o ambiente em que está falando. Ela prefere trabalhar sua comunicação de acordo com o público que está atendendo. Porém, justamente por ter uma relação com assuntos políticos e atuar em ambientes jornalísticos, como a CNN, ao fazer sua transição para a comunicação na emissora foi muito menosprezada pelos colegas do direito.  

“Quando eu saí do Grande Debate para passar para o entretenimento na CNN, muitas pessoas disseram para mim ‘Mas porque é que você vai deixar de fazer esse conteúdo de política, mais jornalístico para ir para o entretenimento?’, como se o entretenimento fosse menos por ter a possibilidade da parceria comercial, por ser uma atividade distanciada do jornalismo, como se ele fosse pior ou não pudesse difundir informação sobre temas relevantes porque trabalhar com marcas “, explica.  

Marcas e influência  

Prioli aponta que, para ela, a relação com as marcas não é algo que deve ser escondido, que menospreze ou desvalorize o trabalho de um profissional. Em virtude desse preconceito em relação ao trabalho de influência, o que se vê às vezes nas redes sociais é um influenciador até mesmo deixando de indicar publicidade, o que é inclusive uma violação de norma.  

Diante disso, a apresentadora reforça que ao ser contratado por uma marca, o influenciador deveria mostrar que é esta relação que possibilidade que suas redes sejam seu trabalho e não camuflar isso, pois essa ação deslegitima-a o mercado.  

“Se um influenciador é contratado por uma marca, é porque uma marca olhou para o trabalho dele e considerou aquilo relevante, achou que ele seria um bom porta-voz. Assim, ele contrata essa pessoa, paga em dinheiro e consequentemente financia a produção de conteúdo, que é o conteúdo apreciado pela sua audiência. Em vez de passar esse recado para mim audiência, que é: se você gosta do meu conteúdo, valorize a minha marca contratante, porque, afinal, ela possibilita que isso aqui seja um trabalho e eu possa me dedicar à produção de conteúdo que você gosta. Ele esconde a relação de publicidade em vez de falar: não, é um mercado sério, os contratos são sérios, têm uma relação de transparência”, disserta.  

A polarização política  

Mesmo navegando em outras áreas, a influencer ainda expõe suas opiniões políticas e é vista por grande parte do público como uma referência para o assunto. Prioli contou que pesquisas feitas por sua equipe revelaram que mesmo o público que não concorda com suas opiniões políticas, a enxerga como uma figura inteligente e que se posiciona com clareza. Segundo ela, esta é a chave para conseguir debater o tema.  

Para além disso, a profissional ainda afirma que falar sobre política não é apenas uma questão de linguagem. Apesar de abandonar a complexidade precisar ser uma das preocupações para tornar o assunto mais acessível, a arrogância precisa ser deixada de lado também.  

“É sobre não tratar com arrogância as pessoas que nãos sabem sobre algum ponto da política. As pessoas sabem coisas diferentes, estudam coisas diferentes e isso não as faz melhor ou pior”, conclui.  

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