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Startups transformam big data em inteligência

O que jovens empreendedores da China, Israel, Índia e Noruega podem ensinar ao Brasil sobre o uso de dados aplicados ao marketing digital


20 de abril de 2016 - 7h29

Luiz Gustavo Pacete, de Sevilha*

Eles carregam no sotaque em alguns casos. Mal falam o inglês em outros. Mas estão conseguindo investimentos milionários para suas startups e, sem exceção, interessados no mercado brasileiro. São jovens empreendedores que a, partir de um simples projeto, criaram suas empresas e estão oferecendo novas ferramentas para o mercado.

Meio & Mensagem conversou com quatro fundadores de empresas que, além de dinheiro, estão atraindo a atenção de grandes marcas. Mesmo com serviços diferentes em suas funcionalidades, uma coisa eles possuem em comum: transformam uma miríade de dados em inteligência comercial. Todos estavam presente no i-Com Global Summit, evento de marketing digital que ocorre nesta semana em Sevilha, na Espanha.

Na Noruega, como desbravar um oceano de dados

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Thomas Valle e seus sócios (Divulgação/unacast)

Anualmente, o i-Com Global Summit escolhe projetos de destaque na utilização de dados aplicados ao marketing digital. Neste ano, entre várias empresas premiadas destacou-se a norueguesa unacast, criada por Thomas Walle, jovem empreendedor que já possui uma representação em Londres e em Nova York.

O principal objetivo de sua empresa é selecionar o que é informação de qualidade em meio a tantos dados disponíveis. “Ter esse reconhecimento é entender que existe no mercado hoje a necessidade de filtrar e qualificar tantas informações”, disse Walle ao Meio & Mensagem logo após ter sido premiado. Seu objetivo agora é expandir a atuação na Europa e na América e aproveitar o momento de visibilidade.

Direto da terra do Waze

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Interface do mmuze (Reprodução)

O cientista da computação Ran Zfoni passou por grandes empresas antes de criar sua startup mmuze. Trabalhou na multinacional de informações financeiras Sungard e em outras empresas na área de tecnologia. Há dois anos, Zfoni criou, com mais dois amigos, a plataforma mmuze. Um aplicativo que permite às empresas de comércio eletrônico melhorar a descrição de seus produtos. “Em muitos casos um detalhe que passa despercebido pela marca ou que não é compreendido pelo consumidor representa a perda de uma venda”, diz Zfoni.

A base de sua ferramenta é entender profundamente como uma simples calça jeans pode ser interpretada por distintos consumidores e utilizar esses dados para qualificar a descrição. O serviço de Zfoni é útil, sobretudo para empresas de ” consumer to consumer” como o e-Bay onde milhares de clientes repetem a descrição de um mesmo produto. O e-Bay, inclusive é um novo cliente da mmuze conquistado recentemente e que se soma a outras empresas como a Polo Ralph Lauren. “Acabamos de receber um aporte de US$ 900 mil do governo de Israel e nosso objetivo é expandir a atuação da plataforma em outros mercados”, diz Zfoni que está em processo de prospecção com o Mercado Livre, seu primeiro grande alvo na América Latina.

O poder do OOH nas metrópoles chinesas

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O potencial do OOH na China (Reprodução)

O chinês Haobo Gong, fundador e atual diretor-geral da Wantide Culture Media não hesita em dizer que em seu País a mídia out-of-home é mais importante que a internet. Com bilhões de pessoas circulando diariamente nas cidades chinesas não seria de se estranhar. Gong criou sua empresa há um ano e nos últimos dez meses levantou 1,6 milhões de euros. Seu principal negócio é promover a interação de OOH com consumidores. “Já desenvolvemos vários projetos com Nike, Adidas e Coca-Cola, são marcas que estão cada vez mais preocupadas em ampliar a importância da mídia OOH em seus negócios”, diz Gong.

A tecnologia da Wantide permite que o uso de dados como geolocalização, algoritmos e conhecimento facial sejam transformados em insights e interação. “O OOH na China tem um potencial muito grande e vejo o tanto de empresas europeias e americanas que querem entrar no nosso mercado”, diz Gong.

Na terra do telemarketing, o produto certo no lugar certo

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Tarun Sohbani (Arquivo Pessoal)

Entre vários serviços que a Índia oferece para os países desenvolvidos estão os de telemarketing. E foi com a observação desse mercado e com a expertise local em tecnologia que o engenheiro da computação Tarun Sobhani, fundador da Singleinterface, criou um serviço que permite levar o produto até o consumidor mais próximo. “Em muitos casos, você precisa comprar um produto para agora e não pode esperar e nós cruzamos as informações de redes sociais, busca e outras ferramentas de quem está buscando um produto em determinada região. Conseguimos indicar um ponto de venda mais próximo”, explica Sobhani.

A lógica de sua ferramenta que começou com investimentos de US$ 1 milhão, há um ano, é tornar o produto visível ao cliente mais próximo. Atualmente, Sobhani já atende clientes como HP, Pizza Hut, Levis e Nike. “Sem dúvida estamos de olho em países com potencial como o Brasil, mas também temos um mercado enorme para desenvolver nossa ferramenta que é a índia”, diz o engenheiro.

*O repórter viajou a convite do IVC e do i-Com Global

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