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A estreia de Stefano Sollima na publicidade

Renomado na direção de filmes de ação, diretor conta como foi participar de um trabalho envolvendo uma marca, a Campari


15 de fevereiro de 2018 - 7h00

O diretor Stefano Sollima está acostumado à adrenalina. O italiano começou a carreira no jornalismo, cobrindo conflitos de guerra para redes como CNN, CBS e NBC. Depois, ao migrar para o cinema, continuou entretido com assuntos tensos, revezando seu trabalho entre séries para TV e filmes, cujos temas eram a máfia e o mundo do crime: Romanzo Criminale – La Serie, ACAB – All Cops Are Bastards, Gomorra e Suburra (neste ano estreia o longa Soldado, com Benício del Toro, considerado continuação de Sicário). Seu mais recente desafio foi dirigir um thriller para o Gruppo Campari. Embora o curta The Legend of Red Hand, que estreou no YouTube no final de janeiro, tenha sido filmado em seis dias em Milão, berço da bebida, foram meses de trabalho, entre preparo e finalização. O filme, parte do Red Diaries Campari 2018, evolução do Calendário Campari que agora tem um curta-metragem como peça central, é a estreia de Sollima no mundo da publicidade — ele garante jamais ter feito algo sob demanda de uma marca. Em entrevista exclusiva ao Meio & Mensagem, publicada parcialmente abaixo (a íntegra está na edição 1797, desta semana), o diretor explica o que o atraiu no projeto, estrelado pela atriz Zoe Saldana, que ele não escolheu, mas aceitou prontamente, uma vez que a descreve como inteligente, sexy e realmente chique, logo, “perfeita para encarnar uma marca Campari moderna”. O filme homenageia os bartenders de todo mundo, em especial os que a marca chama de “Red Hands”, os mestres da atividade, e exalta a busca pelo coquetel perfeito. Uma vez que Sollima já teve filmes indicados ao festival de Cinema de Cannes, ao ser perguntado sobre as chances do curta de estreia na publicidade no Cannes Lions, ele é objetivo: “Espero que sim, porque é um filme legal. Mas não foi a razão para eu tê-lo feito. Ao fazer um longa-metragem ou um curta, tento não pensar demais sobre festivais e prêmios. É mais importante para nós construir uma ligação com o público”.

 

Participação no Red Diaries

Por ser italiano, literalmente sempre tive a marca Campari ao meu redor. Quero dizer, é parte de nossa vida, desde que eu era muito jovem. Havia o calendário, ano após ano. É parte mesmo da nossa cultura. Senti-me honrado em compor esse incrível grupo de diretores, fotógrafos e artistas que interpretam o mundo de Campari. Estive em ótimas companhias.

 

Desafios no projeto

Adorei a ideia da J. Walter Thompson. Fiquei um pouco surpreso de eles terem me chamado, porque não era o que eu fazia antes. Para mim, estar envolvido nesse projeto foi um tipo de “férias” dos mundos em que eu normalmente filmava. E o que mais gostei foi a chance de fazer uma espécie de homenagem moderna aos thrillers dos anos 1970. Eram muito bons nisso naquela época. Com Red Diaries, meu papel era fazer uma espécie de curta, um thriller de suspense, como homenagem a filmes como Blow Up, do Antonioni (Depois Daquele Beijo, do diretor Michelangelo Antonioni) ou Frantic, do Polanski (Busca Frenética, de Roman Polanski). Fazer um thriller curto, sexy e cool. Basicamente, é a história de uma protagonista comum obcecada pela identidade de um bartender. Ninguém sabe quem ele é. A única coisa que é mostrada é uma luva vermelha. Gosto da atmosfera.

 

Atuar sob regras corporativas

É completamente diferente, é claro. Mas, ao mesmo tempo, semelhante. É diferente porque você tem no centro do storytelling um objeto físico e isso é mais desafiador. Claro que por definição no storytelling de um filme, os personagens — um homem, uma mulher ou uma criança — precisam estar no centro do storytelling. Então, o desafio foi encontrar uma história em que a Campari estivesse organicamente e, pairando no entorno, alguns personagens interessantes. Eles se movem em torno da Campari. Então, a abordagem é completamente diferente, porque você precisa não apenas contar uma história, mas contar uma história que apresente um produto em seu melhor. É um pouquinho diferente, mas por não ser exatamente um comercial, mas um curta branded, muda um pouco. No fim das contas, é um filme. Curta, mas um filme.

 

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